FUP diz que terá acesso a depoimento de Costa nesta segunda (1º)

Rangel afirma que a ação foi encaminhada pelo Sindicato dos Petroleiros do Paraná (Sindipetro-PR) e já na segunda-feira (1º de dezembro) as cópias das gravações com a íntegra dos depoimentos estarão em poder da entidade, que fará a transcrição e decidirá, posteriormente, como fará a divulgação do conteúdo.

O Vermelho questionou Rangel sobre o mérito da sentença que acatou o pedido, mas ele não quis entrar em detalhes. Até o final dessa reportagem, tentamos, sem sucesso, falar com o advogado da federação, Normando Rodrigues, para explicar qual foi a base jurídica da decisão que concedeu tal acesso e quais seriam esse depoimentos, já que nem a presidenta Dilma Rousseff e o Congresso Nacional conseguiram ter acesso aos depoimentos.

“Não dá para a sociedade como um todo achar que, por conta do malfeito de três ou quatro, exista uma quadrilha dentro da empresa. Na Petrobras têm milhares de trabalhadores honestos que fazem a grandeza dessa empresa”, enfatizou Rangel. Para ele, a grande mídia tem feito uma campanha que faz parecer que todos que trabalham na Petrobras pertencem a uma quadrilha.

“A população não está fazendo a separação, até por conta do bombardeio que sofre diariamente da mídia. Estamos até agora falando de somente três pessoas que estão envolvidas. Essas três pessoas não podem ser confundidas com todo o corpo técnico da Petrobras, e a mídia não pode manchar a imagem de uma empresa que é orgulho não só dos trabalhadores, mas de todos os brasileiros”, disse Rangel em entrevista a Rede Brasil Atual.

Cessar vazamentos seletivos

Ele explica ainda que a medida tem como objetivo cessar os vazamentos seletivos e garantir a integridade da empresa e promover a transparência das investigações para que tudo seja devidamente apurado. “Nada mais justo que nós, enquanto representantes dos trabalhadores, termos acesso ao teor dos depoimentos de Paulo Roberto Costa”, disse ele.

Rangel salientou também que a campanha para denegrir a imagem da Petrobras tem como foco a exploração da Petrobras. “Acredito que o objetivo principal é desacreditar a empresa para que ela não seja a operadora única do pré-sal, uma garantia que está na lei. Num segundo momento a privatização da companhia”, pontua Rangel, referindo-se as multinacionais do petróleo que estariam de olho no excedente da sessão onerosa que é maior do que o campo de Libra em reservas.

Da redação do Portal Vermelho, Dayane Santos