Marcha Patriótica pede suspensão bilateral de hostilidades na Colômbia

O movimento Marcha Patriótica da Colômbia ressaltou a importância de decretar uma trégua bilateral das hostilidades entre o exército e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para blindar o processo de paz encaminhado a pôr fim ao conflito armado mais antigo do continente.

Colômbia: Marcha Patriótica participará das eleições regionais em 2015 - Reprodução

“Convocamos o povo a defender as gestões negociadoras como única saída aos confrontos, e a se mobilizar para pedir que acabem os dolorosos atos da guerra, enquanto avança a solução política para o conflito”, sublinharam os representantes da Marcha Patriótica em um comunicado.

O grupo também reconheceu os esforços desenvolvidos pelas partes beligerantes na mesa de diálogos de Havana, e chamou a sua rápida reativação. “Os avanços são imensos e os desafios ainda maiores pois os diálogos precisam do respaldo de todos os cidadãos”, acrescenta a mensagem.

Leia também:
PC da Colômbia defende diálogo e fim das hostilidades
Farc confirmam sequestro, mas reiteram desejo de resolver impasse

Nesta semana, o presidente colombiano Juan Manuel Santos suspendeu a viagem dos negociadores governamentais a Cuba após o desaparecimento do general Rubén Darío Alzate, nas imediações do estado de Chocó, decisão que implicou a interrupção dos ciclos de diálogos.

As Farc reivindicaram a captura do alto militar, comandante da Força-Tarefa Titán, enquanto transitava vestido de civil e sem escolta por um área de operações de guerra, adicionalmente acordaram sua pronta libertação, junto ao cabo Jorge Rodríguez, a advogada Glória Urrego e dois soldados retidos no Cauca. Essa ação deve significar o imediato reinício do processo, suspenso unilateralmente por Santos, manifestou o pronunciamento.

Piedade Córdoba, líder da Marcha Patriótica, afirmou que a paz é patrimônio de todos os colombianos e que nenhuma força poderá deter o progresso das negociações.

Equipes governamentais e do movimento insurgente dialogam em Havana para pôr fim a mais de 50 anos de conflito, que já causou cerca de seis milhões de vítimas.

Fonte: Prensa Latina