UBM e Cedim lançam Campanha pelo Fim da Violência contra a Mulher

A União Brasileira de Mulheres (UBM), o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim) e outras organizações ligadas à emancipação da mulher lançam a Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, neste sábado (20) às 18 horas, no Largo São Sebastião.

Uma mostra de Cultura Popular faz parte da programação de lançamento que quer chamar atenção para o crescimento do número de casos de estupro, que cresceu 39% entre 2012 e 2013.

Para a vice-presidente nacional da UBM, Vanja Andrea, é necessário que os governos municipal, estadual e federal se unam para combater a violência doméstica, que ainda é tão presente. “Acredito que o que cresceram foram as denúncias. Hoje, vítimas de violência tem procurado mais as delegacias, o 180, etc.”, declarou.

A presidente estadual da UBM ressalta que no Amazonas, de janeiro a agosto de 2014, foram registrados mais de 1500 casos, segundo a Delegacia da Mulher. “A violência contra a mulher assume diversas formas: agressão física, moral, psicológico e patrimonial. É preciso que a sociedade e as mulheres estejam mobilizadas para a luta contra essas práticas e a UBM está nas ruas para garantir a efetivação da Lei Maria da Penha e de nossos direitos", disse.

Dentro da programação dos 16 dias de ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher tem ainda o Seminário “Violência, Silenciosas e Silenciadas, um olhar ao redor”, promovido pela Procuradoria da Mulher no Senado. O evento acontece no dia 21, às 19h, no auditório da Nilton Lins.

Haverá também palestra, ato público e panfletagem dentro dos 16 dias de ativismo.
O ápice da campanha acontece no dia 25 de novembro quando é celebrado o dia da não-violência contra a mulher.

Campanha
A campanha teve início em 1991, por iniciativa do Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women’s Global Leadership – CWGL), com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo.

O período escolhido para a mobilização se inicia em 25 de novembro – declarado Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres – e termina em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Dessa forma, a campanha quer fazer uma vinculação entre a luta pela não violência contra as mulheres e a defesa dos direitos humanos. Hoje, cerca de 150 países participam da campanha.

De Manaus,
Mariane Cruz