Fundação repudia ataque ao Memorial de Prestes em Porto Alegre

O Memorial Luiz Carlos Prestes, prédio projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, foi alvo de uma protesto no último sábado (8). Cartazes, cruzes e coroa de flores foram fixados na grade da construção, situada à beira do Guaíba pedindo uma intervenção militar no Brasil. Em respeito à memória, a Fundação Mauricio Grabois lançou nota de repúdio ao ato. Segue abaixo:

Ato em frente ao Memorial Prestes, em Porto Alegre (RS)
Foto: Rafael Camargo / Divulgação

Repúdio contra o ataque fascista ao Memorial de Prestes

A Fundação Maurício Grabois repudia de forma veemente o ato retrógrado, de caráter fascista, afrontoso ao legado democrático e revolucionário, do histórico dirigente comunista brasileiro, Luiz Carlos Prestes. Essa provocação reacionária foi realizada no último sábado (8), por um grupelho obscurantista, de extrema-direita, em frente ao Memorial Luiz Carlos Prestes, na cidade de Porto Alegre (RS).

O grupelho, revelando o que representa, afixou, na grade do Memorial Prestes, cartazes da suástica, símbolo do nazismo, e mensagens do velho e surrado anticomunismo. Atacaram ainda o Foro de São Paulo, importante articulação dos partidos democráticos e progressistas da América Latina.

O bando escancara a face autoritária e antidemocrática ao pregar, num dos cartazes, a derrubada “do memorial ao comunista Prestes.” O prédio é um projeto do consagrado arquiteto brasileiro, talento reconhecido do mundo, Oscar Niemeyer. O Memorial está sob a gestão do Instituto Olga Benário.

Membros do grupelho proferiram discursos ofensivos à memória de Prestes, legendário comandante da “Coluna Invicta” que percorreu o Brasil no final dos anos 1920 lutando por progresso e democracia. Líder de uma das gerações dos comunistas brasileiros, Luiz Carlos Prestes é um personagem destacado da nossa história e gravou seu nome no panteão dos grandes patriotas e revolucionários que se dedicaram integralmente à causa da emancipação nacional e social em nosso país.

Combatente tenaz pela democracia, além de liderar a “Coluna Invicta” liderou a Insurreição de 1935, movimento que se levantou em armas contras as ameaças nazi-fascistas que pairavam sobre a nação. Zelar pela preservação da sua memória e impedir que ela seja achincalhada por grupelhos partidários, inclusive, da volta da ditadura militar, é dever de todos patriotas, democratas e progressistas.

São Paulo, 11 de novembro de 2014

Adalberto Monteiro
Presidente da Fundação Maurício Grabois

Da redação do Vermelho