30 anos de luta: Vereadores de Fortaleza homenageiam UJS

“Eu sou artista e operário, sou estudante e esportista, eu sou de luta, sou Brasil, sou União da Juventude Socialista!”. Esses foram os versos bradados em peso na Câmara Municipal de Fortaleza em sessão solene realizada na última sexta-feira (07/11) em homenagem aos 30 anos de luta e conquistas da UJS. Atendendo ao requerimento do vereador Evaldo Lima (PCdoB), o evento celebrou a memória de grandes representantes do movimento estudantil brasileiro e suas conquistas.

A mesa da solenidade na Casa do Povo de Fortaleza também contou com as presenças do deputado federal Chico Lopes (PCdoB); da presidente da UJS no Estado do Ceará e membro da direção nacional Sarah Cavalcante; do publicitário especialista em Gestão de Trânsito e Transporte Urbano Flávio Arruda; da dirigente da União Nacional dos Estudantes (UNE) no Estado Ceará Germana Amaral; e da presidente da UJS Fortaleza Sílvia Cavalleire. O vereador Márcio Cruz presidiu a sessão.

Evaldo Lima abriu a série de discursos em homenagem ao movimento estudantil. Em seu pronunciamento, o parlamentar recordou a importância da entidade na luta por um país mais justo e democrático, combatendo monopólios e desigualdades em todo o território nacional. O líder do governo na Câmara de Fortaleza também fez menção aos nomes importantes da esquerda brasileira que passaram pela UJS, como também o desenvolvimento da União da Juventude Socialista no Ceará.

“A UJS merecerá sempre o reconhecimento pelos muitos cidadãos que formou através de reivindicações por uma sociedade mais justa. Gerações de homens e mulheres há 30 anos têm se erguido das cadeiras de universidades e escolas para levantar a bandeira do socialismo contra o individualismo, a exclusão social e toda forma de discriminação ou preconceito. Devo ainda parabenizar a UJS por sua última grande luta vencida, a eleição do governador Camilo Santana governador do Ceará e a reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Sem o empenho, a dedicação e a militância incansável dos quadros da UJS em todo país, tenho certeza de que essas vitórias seriam muito mais difíceis”, afirmou Evaldo.

O parlamentar comunista entregou placas a cinco representantes da UJS em reconhecimento aos anos dedicados à luta socialista através da militância na entidade. Ana Paula Brandão, Flaviene Vasconcelos, Flávio Arruda, Maria de Sousa Pereira e Inácio Carvalho foram os contemplados. Escolhido como orador dos homenageados, o publicitário Flávio Arruda – que entrou na UJS aos 12 anos – classificou como o mais importante nesta celebração a reafirmação da importância dos “jovens continuarem indo às ruas por um país socialista”.

Em clima de festa pela reunião de histórias de militância na Câmara Municipal de Fortaleza, o assessor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional na Secretaria de Cultura de Fortaleza, Inácio Carvalho, exaltou o novembro que também marca o aniversário da Revolução Socialista ocorrida na Rússia em 1917. "Quero lembrar este dia 7 de novembro, que, além desta solenidade, marca uma data a ser celebrada, que é o aniversário da Revolução dos nossos companheiros russos. Viva ao socialismo”, vibrou.

UJS e a luta no Brasil

Os generais ainda estavam no poder quando, em 22 setembro de 1984, jovens de todas as regiões se reuniram na Assembleia Legislativa de São Paulo para fundar a União da Juventude Socialista (UJS), atitude bastante ousada para um período em que a repressão da ditadura militar ainda insistia em dar seus sopros de vida. Já são três décadas de luta em defesa do Brasil, da juventude e de uma sociedade emancipada pelo socialismo.

A UJS já nasceu em meio à luta. Nas ruas, a campanha das “Diretas Já” havia dado o recado à ditadura: queremos eleger o presidente do Brasil. E com a reconquista da democracia, viria o desafio de assegurar uma Constituição democrática e que ampliasse os direitos da juventude. A UJS lançou a campanha em defesa do voto aos 16 anos, que foi ganhando corpo e conquistando apoios importantes ao ponto de sagrar-se vitoriosa.

A partir daí, em todas as lutas da juventude e do povo brasileiro, lá estavam presentes as bandeiras da UJS. A entidade cumpriu papel protagonista no movimento dos “Caras Pintadas”, que derrubou o presidente Fernando Collor. Também resistiu à tentativa de Fernando Henrique Cardoso em leiloar o país durante os anos de seu governo neoliberal; participou ativamente da campanha que elegeu Lula, o primeiro trabalhador presidente do Brasil e também liderou o suporte para conter as tentativas de desestabilização por conta da mídia opositora em 2005.

E assim segue o movimento até os dias atuais na luta pelo aprofundamento do governo democrático brasileiro e na defesa contra os ataques da oposição conservadora e pró-imperialista. São muitas as lutas travadas e vencidas pela entidade.

Em 2014, ano em que realizou seu 17º Congresso, que mobilizou cerca de 500 mil jovens pelo país, a UJS completa 30 anos de história e a luta é por mudanças mais profundas, comemorando os avanços da última década, mas cientes de que o Brasil ainda precisa avançar, combater suas desigualdades e, com alegria, ousadia e rebeldia, construir o Socialismo verde e amarelo.

Fotos

Fonte: Assessoria do vereador Evaldo Lima (PCdoB)