Inácio ressalta importância da vitória de Dilma para a América do Sul

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) considerou, em pronunciamento no Plenário nesta semana, que “a América do Sul respirou aliviada” com a reeleição da presidenta Dilma, no Brasil. Para ele, houve “forte repercussão da reeleição da Presidente Dilma Rousseff em toda a América Latina – uma repercussão positiva e boa”.

Segundo o parlamentar, “o Brasil tem força própria e pode conseguir se desenvolver, isso é uma luta grande, que vem de muitas décadas. É um cabo de guerra permanente. O Brasil conduzir um projeto com mais autonomia, que tenha ação em todas as áreas, na formação do povo, na assistência à saúde, na segurança pública, no combate a essa epidemia de drogas, é um desafio. O país precisa ter autoridade, ter independência, para o desenvolvimento da nossa agricultura, a geração de emprego, o desenvolvimento industrial, a ciência, a produção científica, a produção de tecnologia própria, as marcas, as patentes, os remédios”.

Ele alertou que “isso mexe com largos e grandes interesses que dominam através de grandes conglomerados industriais privados e com apoio das suas nações, porque esses interesses não andam soltos pelo mundo afora. Por trás deles, há as suas nações. Esses interesses buscam brecar esse projeto próprio. Não é à toa que nós estamos construindo o que se chama por aí de uma política externa do Brasil ligada à América do Sul, ligada ao BRICS, que são os países em desenvolvimento”.

Assegurou que “queremos ter relações cada vez mais fortes com os Estados Unidos, cada vez mais fortes com a Europa, só que em outra circunstância. Nós não queremos tirar os sapatos. Nós queremos ter relações de iguais, de países continentais, que têm os seus projetos, que têm os seus interesses, e são esses interesses que vão à mesa, e não a subordinação”.

Inácio diz que a luta para o Brasil ter mais autonomia, mais soberania “incomoda lá fora, e incomoda a nossa elite conservadora. Nós queremos dizer: ‘Somos brasileiros!’ Assim como no Nordeste queremos dizer: ‘Somos nordestinos, ajudamos a construir São Paulo, ajudamos a construir o Rio de Janeiro, fomos até ao Rio Grande do Sul, para Santa Catarina, fomos para o Acre, estendemos as nossas fronteiras’”.

O resultado da eleição presidencial recebeu aplausos em toda a América do Sul. “É como se toda a América do Sul tivesse respirado aliviada. Por quê? Porque, durante esse período mais recente – de curto tempo na história, porque são 12 anos –, nós nos livramos de uma subordinação mais grave, que era a construção da chamada ALCA. O Brasil se livrou daquela senhora que descia do avião, com a bolsinha preta, do Fundo Monetário Internacional, que vinha para cá deitar regras sobre a nossa economia. Acho que parte da elite conservadora gostava de ela chegar dando ordem: como é que tinha que ser o Banco Central; como é que tinha que ser o Ministério da Fazenda; como é que tinha que ser o Planejamento; que tinha que fazer ‘demissão voluntária’ de servidores públicos; que tinha que impedir que houvesse plano de carreira para servidores; que as carreiras de Estado eram só no papel, não existiam. Esse era o Brasil dessa turma!”, afirmou o senador.

Inácio lembrou que o Brasil ajudou a construir novas relações na América do Sul, “que nos fortalecem em termos de unidade na região. Aqui nós buscamos construir, fortalecer o MERCOSUL. Éramos quatro países como membros permanentes, agora somos cinco. Mais países querem entrar como membros permanentes. Bolívia já anunciou que quer entrar. Então vai aumentando esse bloco, vai aumentando a força da unidade sul-americana. Criou-se a UNASUL. Criou-se, na sequência, a CELAC. São instrumentos de consolidação de uma política de unidade forte, mais ampla. São esses movimentos que ajudamos a construir, tendo em conta estar no governo uma força mais avançada, mais progressista na sociedade brasileira”.

Na opinião de Inácio, é necessária a criação do Banco do Sul, “também como banco de desenvolvimento. Nós precisamos ligar mais intensamente essas nações, do ponto de vista da logística e da infraestrutura, com o Brasil. Nós precisamos deles e eles precisam do Brasil. Então essa liga se fortalece. E mesmo governos conservadores, como é o caso da Colômbia, aplaudiram a reeleição da Presidente Dilma. Porque sabem que esses projetos, inclusive o projeto de paz na Colômbia, têm uma participação positiva do Governo e do Estado brasileiro”.

O senador finalizou afirmando que “a reeleição da presidenta Dilma Rousseff tem esse impacto na América do Sul, esse alívio dos povos sul-americanos, e mesmo caribenhos, de ser mantida no Brasil uma condução política favorável ao fortalecimento do projeto de desenvolvimento nacional que repercute em toda a América do Sul positivamente, porque contribui na consolidação da nossa unidade através dessas várias instituições que já citei”.

Fonte: Assessoria do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE)