Tucanos e aliados fazem “pacto” contra o PT

Candidato derrotado nas urnas no segundo turno das eleições presidenciais, o senador Aécio Neves (PSDB) segue a peregrinação dos inconformados e depois de fazer um jogo de cena com o seu retorno às atividades no Senado – diga-se de passagem, iniciadas às 15 horas desta terça-feira (4) -, o tucano comandou nesta quarta (5) a reunião da executiva nacional do seu partido e aliados da direita no auditório Nereu Ramos na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Aécio Neves reunião da executiva do PSDB - George-Gianni

“Tão importante quanto governar é fazer oposição”, disse ele, dando o tom do encontro, que segundo ele, era um pacto da oposição ao governo petista. “Nós estamos a partir de hoje selando aqui um pacto de uma oposição revigorada e vitoriosa, porque disputamos essas eleições falando a verdade”, disse.

O encontro contou com aliados tradicionais da direita como líderes do DEM, PPS e PP, além dos não menos novatos PSC e Solidariedade.

O líder do DEM na Câmara, deputado federal Mendonça Filho (PE), disse que “a oposição deve intensificar sua mobilização” porque “2018 começa agora”. No sábado (1º), aconteceu ato em São Paulo que pedia a “intervenção militar”.

O presidente nacional do Solidariedade, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP) disse que vai cobrar da presidente uma proposta concreta para o fator previdenciário. Paulinho da Força, como é chamado, esqueceu que ao contrário da presidenta Dilma que se comprometeu em promover o diálogo com as centrais sindicais para pôr fim ao fator previdenciário, Aécio se comprometeu com lideranças sindicais da Força Sindical durante a campanha que iria pôr fim ao fator e depois recuou, causando mal-estar entre os sindicalistas.

O presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP), que não se reelegeu em 2014, tentou pegar carona nas manifestações de junho de 2013 e disse que a campanha dos reacionários deu “voz à indignação das ruas”.

O candidato do PSC à Presidência da República, Pastor Everaldo, também esteve na reunião e foi classificado por Aécio como “alguém que sensibilizou” o Brasil. O candidato Everaldo foi criticado por vezes nos debates por suas posições consideradas homofóbicas.

Com informações de agências