Eleição para Presidência da Câmara é tema de reuniões do PT e PMDB 

Os dois maiores partidos da base governista na Câmara dos Deputados, PMDB e PT, realizaram reuniões a portas fechadas nesta terça-feira (4) com suas respectivas bancadas. Na pauta, além das matérias que podem ser votadas pelo Plenário, as bancadas começam a traçar estratégias e a negociar acordos para a eleição do próximo presidente da Casa para o biênio 2015-2016. 

Eleição para presidência da Câmara é tema de reuniões do PT e PMDB - Agência Câmara

Na reunião da bancada do PT, o líder do partido, deputado Vicentinho (SP), disse que a eleição do próximo presidente da Casa não estava na pauta. Mesmo assim, ele admitiu que, diante das notícias veiculadas na imprensa, a bancada fez algumas reflexões.

“Continuamos com o nosso mesmo pensamento, que é a importância do cumprimento da tradição, que é revezamento entre os maiores partidos. E o PT é a maior bancada”, destacou Vicentinho. Ele ressaltou que o partido ainda não definiu um nome para a candidatura.

“Na próxima quinta-feira, teremos uma reunião para tratar especificamente deste assunto. Não temos a pretensão de tomar qualquer decisão antes. Não queremos colocar o carro na frente dos bois”, completou.

Vicentinho disse que o PT deve seguir a indicação da Executiva Nacional, que se reuniu na segunda-feira (3) e cobrou maior influência do partido no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff.

O vice-líder do PT deputado José Guimarães (CE) disse que a bancada vai iniciar um movimento de diálogo com todos os partidos da base, incluindo o PMDB. “Vamos dialogar com o PMDB para saber primeiro qual é o tom. Não há posição preconcebida”, destacou.

Na manhã de terça-feira (4), em reunião com a presidenta Dilma Rousseff, o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), sugeriu a criação de uma frente de esquerda ou de um novo partido para fortalecer a base governista no Congresso e assegurar a governabilidade no segundo mandato.

Segundo Cid Gomes, a nova frente de esquerda reuniria partidos de esquerda e centro-esquerda, citando como exemplo o PDT, PCdoB, Pros e insatisfeitos do PSB.

Blocão de Cunha

Ao sair da reunião do PMDB, o líder do partido, deputado Eduardo Cunha (RJ), disse que as negociações para a formação de um bloco partidário de apoio à sua candidatura à Presidência da Câmara estão avançando.

O “blocão” de Cunha seria formado por dissidentes do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer e da base do governo, e representantes do PR, do PTB, do PSC e do oposicionista Solidariedade (SD), os mesmos com quem ele conversou na semana passada quando se lançou candidato.

Segundo ele, “[ter conseguido] em apenas dez dias após o segundo turno das eleições, já ter a bancada lhe indicando e lhe autorizando a construir um bloco, já ter conversado com cinco partidos que compõem o nosso ‘blocão’ e ter deles a boa vontade de levar isso adiante, eu diria que é um bom avanço”, afirmou Cunha.

Da Redação em Brasília
Com Agência Câmara