Governo prepara medidas de incentivo à economia, com foco na indústria

Horas depois da presidenta reeleita Dilma Rousseff anunciar medidas para impulsionar a economia, em pronunciamento no domingo (26), o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli respondeu nesta segunda-feira (27) positivamente às perguntas de repórteres sobre a aprovação de novas medidas de apoio à indústria.

Emprego indústria

“Que medidas [teremos] para [incentivar] a indústria [brasileira]?”, indagaram os jornalistas. “Teremos várias”, disse Caffarelli.

O boletim semanal Focus, divulgado pelo Banco Central, informa que analistas e investidores mantiveram em 0,27% a expectativa de crescimento da economia para 2014. Para Caffarelli, apesar das previsões do mercado não há razões para pessimismo. “Podemos esperar que a economia ficará cada vez melhor”, acrescentou.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também demonstrou bom humor ao se dirigir aos jornalistas, durante a chegada nesta segunda-feira pela manhã ao seu gabinete: “Ainda estou rouco de tanto aplaudir ”, disse, referindo-se à vitória da presidenta Dilma Rousseff.

A estimativa de inflação para este ano é 6,45%, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os preços administrados, regulados pelo governo, deverão ser reajustados no patamar de 5,15% no período.

Não houve alteração também para as projeções de câmbio: o dólar deverá atingir o valor de R$ 2,40; a taxa básica de juros (Selic) deverá chegar a 11% no final de 2014. A dívida líquida do setor público, no entanto, está estimada com uma leve piora, passando de 35,10% para 35,25% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no país.

No setor externo, a situação continua delicada: o deficit em conta corrente, o indicador que mede o desequilíbrio das contas externas, deverá sburi de US$ 81 bilhões para US$ 81,5 bilhões. O saldo da balança comercial deberá cair de US$ 2,29 bilhões para US$ 2,10 bilhões. Os investimentos estrangeiros diretos (IED) estimados deverão permanecer em US$ 60 bilhões.

O IED, que é canalizado para o setor produtivo da economia, constitui uma das formas de o governo financiar o deficit em conta corrente.

A produção industrial, que já estava com previsão negativa, deverá ficar em -2,24 no final de 2014.

Fonte: Agência Brasil