Ato em Brasília defende serviços públicos e critica tucanos 

As entidades dos movimentos sociais e sindicatos promovem, nesta segunda-feira (20), ao meio-dia, no Setor Bancário Sul, diante da Sede do Banco do Brasil, em Brasília, um ato público para defender o fortalecimento dos serviços públicos e das empresas públicas, como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobras e Correios.” Vamos denunciar as ameaças aos serviços públicos e os riscos de privatização das estatais apresentados no programa tucano”, diz o chamamento do evento. 

Ato em Brasília defende serviços públicos e critica tucanos

“As mesmas forças conservadoras da elite econômica do país que, nos anos 90, entregaram os bancos públicos estaduais, a Vale do Rio Doce, as riquezas minerais e outras estatais ao capital financeiro e especulador , nacional e internacional, agora voltam novamente a mirar a privatização do Banco do Brasil, da Caixa, da Petrobras, dos Correios e outras estatais”, alerta o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto.

Segundo ele, “não podemos permitir que instituições e empresas de tamanha importância para a economia, o desenvolvimento agrícola e a sustentação de políticas sociais sejam atacadas, retiradas das mãos do Estado e entregues aos interesses de minorias que vivem de explorar o povo.”

O líder sindical lembra ainda que está mais do que provado que essas empresas tiveram e têm papel importante no combate à miséria, no estímulo à educação, no financiamento agrícola e de programas de moradia popular, e especialmente para pressionar a redução dos juros bancários e assegurar oferta de crédito barato à população.

“Os governos de Lula e Dilma combateram com sucesso os efeitos da crise econômica mundial usando bancos públicos para assegurar menores juros e promover o mercado de consumo interno, gerando empregos e renda, exatamente o contrário do que vimos no mundo. A Petrobras tem as maiores reservas do mundo e tecnologia de ponta. Não podemos deixar que sejam entregues aos monopólios petrolíferos estrangeiros e abrir mão das nossas riquezas naturais, deixando de investir em saúde e educação, como ameaçam os tucanos”, acrescentou Rodrigo Britto.

“Ladrões de direitos”

Além de defenderem as privatizações de empresas estratégicas, as forças reacionárias em torno da candidatura tucana também vêm atacando os direitos e conquistas dos trabalhadores. São os mesmos grupos que o movimento sindical chama de “ladrões de direitos”, acusando-os de quererem precarizar o trabalho, com subcontratações sem limites, mais desemprego, menos concursos e carreiras, reduções de salários e aumento da rotatividade.

“Não podemos deixar que essas forças avancem mais, elas já constituem ampla maioria no Congresso, que terá na próxima legislatura a composição mais conservadora e patronal desde a ditadura militar. O sinal de perigo já está aceso para a classe trabalhadora. Precisamos mostrar à população quem está contra e quem está a favor da classe trabalhadora”, esclarece o presidente da CUT Brasília.

Serviços públicos

O programa tucano e de seus aliados da direita é baseado no Estado Mínimo, com redução de serviços públicos, precarização do trabalho e do atendimento à população. As centrais sindicais e as entidades dos movimentos sociais defendem, ao contrário, o crescimento do país acompanhado da ampliação e do aperfeiçoamento das políticas sociais voltadas para a saúde, educação, mobilidade urbana, habitação e segurança, entre outras áreas.

Para eles, isso só pode ocorrer com maior investimento nos serviços públicos e na valorização dos servidores. “Acreditamos que só com o fortalecimento dos serviços e dos servidores públicos, com mais concursos, valorização salarial, progressão nas carreiras e aperfeiçoamento profissional, vamos fazer com que as políticas sociais se concretizem e se consolidem de forma a combater a miséria e as desigualdades sociais, construindo uma sociedade justa”, avalia Rodrigo Britto.

Da Redação em Brasília
Com informações da CUT Brasília