Com cordel, nordestinos contestam FHC: Saber votar, sei 

Nordestinos rebateram também o discurso de ódio de médicos que pregaram nas redes sociais o extermínio de quem é do Nordeste e votou na candidata do Dilma Rousseff à Presidência da República no primeiro turno. A reportagem, baseada no formato de cordel, foi ao ar nesta segunda-feira (13).

Sou matuto sertanejo,
daqueles matutos pobres,
que não têm gado, nem queijo,
nem ouro, prata, nem cobre

No cordel de Patativa do Assaré,
busco inspiração.
para ouvir o povo nordestino,
com emoção,
sobre os ataques de presidente doutor
que não sabe o que é fome do pobre trabalhador

Saber votar,
sei, sim senhor.
diz a auxiliar de limpeza,
de Capim Grosso, Bahia,
que limpa a rua todo dia.

E sobre Fernando Henrique, ela dizia: “Não, nós não somos mal informados. A gente votou na Dilma porque nós somos bem informados. Vim para São Paulo para ganhar o pão de cada dia. Trouxe meus filhos pequenos. Hoje, todos criados aqui. Não me sinto desinformada. Me sinto informada porque sei que eles, lá, estão votando na pessoa certa, que é quem está ajudando o pobre, é a Dilma.”

De Bom Jardim
Veio o porteiro pernambucano,
Que não deixa passar
Esse tipo de engano

“Acho um absurdo. Primeiramente, isso é discriminação do nordestino. Se ele diz que os nordestinos estão mal informados, quem está mal informado são eles. Quanto à Dilma, votaria mil vezes se fosse preciso. O que ela fez, o PT, para o nordestino foi muita coisa. O povo pode falar, aqui em São Paulo, que ele não fez nada, mas o ex-presidente Lula fez muitas coisas. E, se ele se candidatasse de novo, votaria nele de novo.”

O vigia paraibano
de Cruz do Espírito Santo
protege seu povo
da maldade e do engano.

“Hoje em dia, não existe mais ninguém besta e burro. Nordestino é gente e ele sabe que a gente tem que votar em quem ajuda o povo nordestino, que são pobres. No caso, a Dilma não pensa só nela, ela pensa nos nordestinos.”

Devido ao discurso de ódio propagado recentemente por alguns grupos, a reportagem manteve o anonimato dos entrevistados para garantir-lhes proteção contra agressões.

Fonte: Brasil Atual