Canadá participará de ataques aéreos na Síria e Iraque contra EI

O Parlamento do Canadá autorizou o uso de sua força aérea nos ataques contra os grupos do Estado Islâmico (EI) em território do Iraque e da Síria, a pedido do governo dos Estados Unidos.

Estado Islâmico do Iraque e do Levante - Vídeo / Russia Today

A Câmara Legislativa aprovou, nesta terça-feira (7), uma moção nesse sentido apresentada na semana passada pelo Partido Conservador, liderado pelo primeiro-ministro Stephen Harper, destaca a página digital do jornal canadense The Star.

A moção, que foi aprovada por 157 votos contra 134, autoriza ataques aéreos durante um máximo de seis meses e deixa claro que não terá tropas terrestres na zona de combate.

O Canadá participará das operações aéreas com seis aviões de combate CF-18, uma aeronave cisterna de reabastecimento de combustível, dois aviões de vigilância e um de transporte. Cerca de 600 pilotos e técnicos estarão envolvidos nas operações.

As forças armadas canadenses contam com mais de 25 assessores militares no Iraque e tem planos de elevar esse número para 69 conselheiros, como parte de um esforço para assessorar as forças curdas contra militantes do grupo Estado Islâmico (EI), em resposta a um pedido do presidente estadunidense, Barack Obama.

"É imperativo que atuemos com nossos aliados para deter a propagação do EI e reduzir sua capacidade para lançar ataques terroristas fora da região, incluindo contra o Canadá", disse Harper após a votação.

"Nosso governo tem o dever de proteger os canadenses”, acrescentou, “e assumir nosso ônus na luta contra as ameaças do EI. Devemos fazer nossa parte".

O governo liderado por Harper ganhou apoio dos partidos de oposição para participar dos ataques aéreos contra a Líbia, em 2011, mas desta vez estes não quiseram apoiá-lo.

O líder do opositor Novo Partido Democrático, Thomas Mulcair, disse que os conservadores estão afundando o Canadá em uma guerra prolongada, e sem um plano crível para ajudar as vítimas do terrorismo.

A participação de forças militares canadenses no conflito armado no Afeganistão tirou a vida de 157 soldados.

Fonte: Prensa Latina