FHC diz que mais pobre vota em Dilma porque são “menos qualificados”

Revelando o seu desprezo com o povo, o padrinho do tucano Aécio Neves, candidato à Presidência da República, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que os eleitores da presidenta Dilma Rousseff, mais de 43 milhões de brasileiros, votam nela porque “são menos informados”.

FHC

As declarações foram dadas em entrevista aos blogueiros Josias de Souza e Mário Magalhães. A visão elitista do tucano é por conta da expressiva votação da presidenta Dilma nas regiões Norte e Nordeste. O sociólogo diz ainda que há “coincidência entre os mais pobres e os menos qualificados”.

Para explicar essa lógica eugenista, FHC cita a votação dos tucanos em São Paulo, que segundo ele seriam eleitores mais bem informados. “Aqui em São Paulo, quando o PSDB ganha, ele ganha porque tem apoio de pobre, não é porque tem apoio de rico. (…) A falta de informação é responsabilidade do Estado, não da pessoa, é uma constatação. Geralmente é uma coincidência entre os mais pobres e os menos qualificados”, disse.

Segundo FHC, o PT está fincado nos “menos informados, que coincide de ser os mais pobres”. E completa: “Essa caminhada do PT dos centros urbanos para os grotões é um sinal preocupante do ponto de vista do PT porque é um sinal de perda de seiva ele estar apoiado em setores da sociedade que são, sobretudo, menos informados”.

Elistismo tucano

A visão elitista do padrinho político de Aécio evidencia a sua política de arrocho dos salários, desemprego e corte de direitos praticados nos oito anos de governo, marcados pelo apagão elétrico, falta de médicos nas regiões mais pobres e a inflação nas alturas.

Ao contrário do que diz FHC, a desinformação não esta associada a renda, classe social ou região de origem, mas a alienação política promovida pela grande mídia. Os “grotões do Brasil” tão desprezados no governo FHC, hoje, com o governo Dilma, desfrutam de melhores condições de vida graças a programas como o Bolsa Família, Luz para Todos, Minha Casa, Minha Vida, transposição do Rio São Francisco (que vai levar água para milhões de pessoas), entre outros. A extrema pobreza caiu de 25,6% em 1990 para 4,8% em 2008, e o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU.

O que FHC não se conforma é com o fato dos pobres, por ele tão desprezados, terem acesso a serviços públicos e, sem os grilhões do coronelismo, poderem fazer sua escolha.

Com informações de agências