"Não prefiro nada, quem escolhe é o eleitor", avisa Dilma

A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, negou neste sábado (4) ter preferência por adversário no segundo turno da corrida presidencial. Para a candidata é cedo para falar em segundo turno quando ainda nem passamos pelo primeiro. Durante evento de campanha em Belo Horizonte, disse que Minas Gerais e Rio Grande do Sul são os "Estados do seu coração". 

"Não prefiro nada, quem escolhe é o eleitor", avisa Dilma

"Quem tem preferência é o eleitor, o conjunto dos eleitores brasileiros, eles é que vão escolher. Eu não tenho preferência", garantiu a presidenta.

Inicialmente, a agenda de campanha da presidenta previa uma caminhada em São Bernardo do Campo (SP) ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste sábado (4). Mas ela acabou decidindo fazer uma caminhada na capital mineira e outra em Porto Alegre.

Apesar de ser radicada no Rio Grande do Sul, Dilma nasceu em Belo Horizonte e tem procurado lembrar os eleitores disso em todas as vezes que visitou o Estado nesta campanha.

"Eu voto no Rio Grande do Sul. Porém, porque que é que eu vim aqui? Por um motivo muito simples: eu vou aos dois Estados que são responsáveis pela minha formação", disse a presidenta a jornalistas.

"Antes de ser obrigada de sair do Estado, eu vivi aqui 19 anos", disse. "Aqui eu entrei na política, foi aqui que eu comecei. E daqui tive que sair porque, naquela época, havia uma grande repressão contra qualquer forma de manifestação", declarou.

"Depois que fiquei três anos presa durante a ditadura militar, fui para o Rio Grande do Sul que me acolheu. Eu tenho a minha filha e o meu neto (lá). Então, nos dois Estados do meu coração é onde eu faço o meu último ato da campanha."

Pimentel na frente em MG

Além da corrida presidencial, a presença de Dilma e Aécio em Minas tem um segundo pano de fundo: a disputa pelo governo mineiro. O petista Fernando Pimentel, apoiado por Dilma, lidera as pesquisas com boas chances de se eleger já no primeiro turno, enquanto o tucano Pimenta da Veiga, apoiado por Aécio, está em uma distante segunda posição, o que coloca em grande risco a hegemonia de três eleições do PSDB no Estado.