Em plenária, Alice Portugal reafirma luta pela reforma eleitoral

Mais de 300 pessoas estiveram na plenária, que aconteceu em um hotel da capital baiana. Alice reuniu lideranças do movimento social, sindical, da luta de bairros, dos municípios do interior, além de candidatos e candidatas do PCdoB à Assembleia Legislativa do Estado (AL-BA) e integrantes das direções nacional e estadual do Partido, como Haroldo Lima, Nilton Vasconcelos, Julieta Palmeira, entre outros.

Entre as questões discutidas e defendidas pela deputada no encontro, se destacou a reforma política, que, segundo Alice, se feita de forma aprofundada, garantiria a conquista de duas outras demandas do movimento social: o fim do financiamento privado das campanhas e a maior participação feminina na política. “Quero me eleger para participar de uma reforma eleitoral que quebre essa influência financeira e aumente a participação das mulheres”, afirmou.

Alice Portugal é a única mulher da bancada baiana na Câmara dos Deputados, que é formada por 39 parlamentares. Das 513 cadeiras da Casa, apenas 45 são ocupadas por mulheres, o que equivale a 8%. Esse cenário é duramente criticado pela deputada e pelos dirigentes do PCdoB. "A militância precisa se desdobrar para reeleger Alice Portugal!”, conclamou Haroldo Lima, sobre a importância de não só manter mais uma mulher na Câmara, mas também preservar um mandato voltado para a luta feminina.

“Embora tenhamos uma presidenta, temos uma minoria na política. Isso é um fato que desequilibra as ações do Estado brasileiro em direção às necessidades da população feminina no Congresso Nacional”, reforçou Alice. Ela afirmou que a questão de gênero sempre teve destaque no mandato e que assim também está sendo nesta campanha eleitoral.

Disputa estadual

Ao lado das candidatas do PCdoB que concorrem à Assembleia Legislativa do Estado, Alice também defendeu a o aumento da participação feminina no cenário estadual, que hoje é de 15% – das 63 cadeiras no parlamento estadual, 10 são ocupadas por mulheres. A deputada federal disse que todos os números da participação feminina na política não correspondem ao fato de a mulher ser maioria (51% da população).

“As assembleias legislativas devem ser o espelho da sociedade brasileira. Concluímos que a imagem do povo está distorcida, pois, ao mirarmos para este espelho, vemos apenas pontos de participação feminina”, defendeu a candidata.

Alice acredita que a reforma no sistema eleitoral acabaria, também , com o sentimento que a população tem de artificialização da política brasileira, por esta ser feita de “candidatos de papel e placas”.

Da redação do Vermelho em  Salvador, Erikson Walla