Palestinos querem resposta internacional para nova ocupação israelense

Mais uma vez, o governo de Israel promove a construção de assentamentos em território palestino. A iniciativa, que visa intensificar a ocupação, ocorre poucos dias após a trégua que colocou fim aos conflitos, de quase dois meses, na Faixa de Gaza.

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O regime israelense anunciou, no domingo (31), que confiscou 400 hectares de terra em uma área palestina, na cidade de Belém, perto do conjunto de assentamentos israelenses na Cisjordânia.

Mesmo diante deste quadro, as autoridades palestinas propuseram uma resposta diplomática. “O governo de Tel Aviv tem cometido vários crimes contra o povo palestino. Este fato torna legítima uma resposta da comunidade internacional”, afirmou o membro da Autoridade Nacional Palestina e principal representante nas negociações de paz, Saeb Erekat. “A estratégia expansionista do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, é ilegal e constitui um obstáculo real para a paz na região”, diz.

Já para Hanan Ashrawi, alto funcionário da Organização para a Libertação da Palestina, “este anúncio representa que Israel está deliberadamente com a intenção de acabar com a presença palestina na região”.

A postura israelense foi tão prejudicial para as negociações de paz no Oriente Médio que até mesmo os Estados Unidos, apoiadores históricos dos desmandos do governo de Tel Aviv, condenaram a atitude.

"Este anúncio em relação aos assentamentos israelenses é contraproducente para o objetivo de uma solução que permita a criação de dois Estados na região", disse um funcionário do Departamento de Estado americano. Ele também pediu que o regime de Tel Aviv reverta a sua decisão.

O grupo israelense Peace Now (Paz Agora), que é contra as políticas expansionistas do regime de Tel Aviv, descreveu o caso como a maior apropriação dos últimos 30 anos.

Tayguara Ribeiro, da redação do Vermelho,
com informações de agências