PSB admite que avião de Eduardo foi cedido por empresários

Depois de prolongado silêncio desde que foi feita a denúncia, o PSB reconheceu em nota, nesta terça-feira (26), que o jato de prefixo PR-AFA, em que se encontrava o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, quando morreu, no último dia 13, estava irregular. Marina Silva também voou na aeronave em outras ocasiões para atividades de campanha.

Jato de Eduardo Campos

A nota, assinada por Roberto Amaral, presidente do PSB, informa que o avião foi emprestado por dois empresários, João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira. A situação fere a legislação, uma vez que a aeronave não estava registrada como táxi aéreo.

A nota, porém, não admite que o partido feriu a legislação eleitoral, afirmando que como o uso da aeronave teria continuidade até o final da campanha, “pretendia-se proceder à contabilização ao término da campanha eleitoral, quando, conhecida a soma das horas voadas, seria emitido o recibo eleitoral, total e final”.

Informações do jornal o Estado de S.Paulo apontam que Apolo Santana Vieira é um dos três empresários pernambucanos investigados pela Polícia Federal como supostos “laranjas” na negociação de arrendamento do Citation, que caiu em Santos (SP). A aeronave está em nome da AF Andrade, que está em recuperação judicial. Em maio, o empresário pernambucano João Carlos Lyra de Melo Filho assinou compromisso de compra da aeronave e indicou as empresas Bandeirantes e BR Par para assumir dívidas junto à Cesnna.

Apolo Viera é réu em processo por sonegação fiscal na importação de pneus, via porto de Suape (PE), que gerou um prejuízo de R$ 100 milhões aos cofres públicos. Sua antiga empresa, a Alpha Pneus, e outras, recorrem em segunda instância.

Com agências