Em Telaviv, milhares pedem paz; no Brasil, sionistas atacam esquerda

Milhares de israelenses se manifestaram neste sábado à noite (16), em Tel Aviv, para pedir ao governo que retome as negociações de paz com a Autoridade Palestina, de Mahmud Abbas, após o massacre israelense contra os palestinos na Faixa de Gaza.

Essa manifestação é a mais importante do "campo da paz" desde o lançamento da operação israelense em 8 de julho, que matou cerca de 2.000 palestinos e 70 israelenses.

No momento, Israel e o movimento islâmico palestino Hamas, que controla Gaza, cumprem uma trégua, à espera do resultado das negociações mediadas pelo Cairo.

Um efetivo policial significativo foi mobilizado para o entorno da praça Yitzhak Rabin, no centro de Tel Aviv, para evitar confrontos com manifestantes de ultradireita.

A manifestação foi organizada pelo Meretz, um partido de oposição de esquerda, pela ONG "Paz agora", que não concorda com a colonização israelense nos territórios ocupados, e pelo Partido Comunista.

"A guerra não terminará enquanto não conversarmos", "Judeus e árabes se negam a ser inimigos" e "Sim a uma solução política" eram algumas das frases escritas nos cartazes dos ativistas.

Sionistas do Brasil

Enquanto isso, no Brasil duas entidades representativas dos sionistas, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), emitiram nota “de repúdio” a partidos políticos da esquerda brasileira, que participaram de atos públicos de protesto contra o massacre que o regime israelense perpetra na Palestina ocupada. As entidades alegam que a conduta dos manifestantes é “caracterizada por manifestações de cunho discriminatório e desonroso em relação à comunidade judaica”.

A nota das entidades sionistas do Brasil foi publicada no sítio da Conib na internet.

Com agências