Vanessa quer impedir União de vender controle da Petrobras 

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) protocolou no Senado uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que proíbe a venda do controle acionário da Petrobras pela União até 2050. A senadora alega que a empresa é grande investidora em pesquisa e inovação e utilizada como ponto de partida para a aplicação de diversas políticas públicas no Brasil.

Vanessa quer impedir União de vender controle da Petrobras - Agência Senado

“É difícil acreditar que todos esses resultados tivessem sido alcançados se a exploração de petróleo no Brasil fosse inteiramente entregue à iniciativa privada. Possivelmente, não chegaríamos ao pré-sal”, defendeu.

A senadora cita os números que mostram o bom desempenho da Petrobras no mercado internacional para justificar a manutenção do controle acionário pelo governo federal. E lembra que a empresa é grande investidora em pesquisa e inovação e utilizada como ponto de partida para a aplicação de diversas políticas públicas no Brasil.

Para Vanessa, isso só é possível porque, apesar de se tratar de uma sociedade de capital aberto, a União detém o controle acionário da companhia.

“É difícil acreditar que todos esses resultados tivessem sido alcançados se a exploração de petróleo no Brasil fosse inteiramente entregue à iniciativa privada. Possivelmente, não chegaríamos ao pré-sal, nem alcançaríamos a relativa autonomia energética que alcançamos”, avalia a parlamentar.

Ela destaca ainda que “a possibilidade de usar as compras da Petrobras como importante instrumento de política industrial, o que não seria possível caso ela fosse orientada exclusivamente pelo lucro.”

“Do mesmo modo, não haveria incentivo para a atuação social e cultural atualmente praticada pela Petrobras, sem falar no elevado montante de recursos transferidos aos entes federados, utilizados no financiamento da oferta de serviços públicos, como saúde e educação”, justifica ainda senadora.

A PEC foi encaminhada para iniciar a tramitação pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, mas ainda não foi designado relator para dar parecer sobre a proposição.

Da Redação em Brasília
Com agências