Israel pede ajuda aos EUA para rebater acusações de crimes de guerra

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu a parlamentares dos Estados Unidos que ajudem Israel a rebater as acusações de crimes de guerra durante a operação de um mês em Gaza, relatou o New York Post, nesta quarta-feira (6).

Obama e Netanyahu - Reuters

“O primeiro-ministro nos pediu para trabalharmos juntos para garantir que esta estratégia de recorrer ao Tribunal Penal Internacional não seja bem sucedida,” disse o congressista Democrata Steve Israel ao Post desde Tel-Aviv.

O deputado integrou um grupo de parlamentares que se reuniu com Netanyahu em Israel nesta quarta. Líderes palestinos encontraram-se com oficiais do TPI em Haia nesta semana, preparando uma candidatura formal para integrar o tribunal internacional.

Leia também:
Propaganda: Premiê de Israel diz que ofensiva contra Gaza é "justa"
Palestina busca aderir ao Tribunal Penal e divulga violações de Israel
EUA reforçam apoio militar a Israel e "trégua humanitária" tem início
Lobby de Israel saúda apoio dos EUA à opressão e massacre na Palestina

“Tudo o que aconteceu nos últimos 28 dias é uma evidência clara dos crimes de guerra perpetrados por Israel, que culminam em crimes contra a humanidade,” disse o chanceler palestino Ryiad Al-Maliki depois da reunião. “Não há dificuldades, para nós, para demonstrar ou construer o caso. A evidência está lá para as pessoas observarem e recolherem. Israel está claramente violando o direito internacional.”

O parlamentar Israel disse ao Post que Netanyahu “quer que os EUA usem todas as ferramentas que temos à nossa disposição para, primeiro, garantir que o mundo saiba que os crimes de guerra não foram cometidos por Israel, foram cometidos pelo Hamas. E que Israel não pode ser responsabilizado por padrões duplos.”

Netanyahu defendeu a conduta de Israel na guerra durante uma coletiva de imprensa na quarta, classificando-a de “justificada” e “proporcional”. “Israel sente muito por cada baixa civil,” ele disse. “Nós não miramos neles… a tragédia de Gaza é que ela é controlada pelo Hamas. Eles querem baixas civis, eles as usam como combustível para a sua promoção.”

Fonte: Haaretz
Tradução de Moara Crivelente, da Redação do Vermelho