MST exige que área da Araupel seja desapropriada para Reforma Agrária

Cerca de 3 mil famílias Sem Terra do Acampamento Herdeiros da Terra de 1° de Maio ocuparam no último dia 17 de julho a Fazenda Rio das Cobras, exploradas pela Araupel, entre os municípios de Rio Bonito do Iguaçu e Quedas do Iguaçu (PR).

Sem terra - Joka Madruga | MST

As famílias acampadas permanecem na área e reivindicam a desapropriação da fazenda de cerca de 35 mil hectares para fins de Reforma Agrária.

Esse foi o assunto principal da reunião, que aconteceu em Brasília nesta terça-feira (29) com a presidência do Incra, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e lideranças do MST de Rio Bonito do Iguaçu e da coordenação nacional.

Ênio Pasqualin, dirigente estadual do MST, afirma que “está em questão a necessidade do governo federal e o Incra se posicionarem sobre um processo judicial que há mais de 10 anos tramita na Justiça, na comarca de Cascavel. Na reunião acordamos que a presidência do Incra e a Ouvidoria Agrária Nacional virão para o Paraná nos próximos dias agilizar esse processo. Enquanto, isso as famílias permanecem na área e aguardam uma decisão da Justiça”.

O conflito social que está em questão, afirma Miranda, da coordenação nacional do MST, “aponta para o problema da nulidade do título de origem da terra, pois houve uma ilegalidade do estado quando repassou esta área a terceiros, desrespeitando a lei de faixa de fronteira. Portanto, o problema será resolvido com uma política de Reforma Agrária”.

A Araupel, desde o ano de 1972, explora uma área com cerca de 64 mil hectares e devasta a mata nativa para atuar na exportação de madeira de pínus e eucalipto.

Fonte: MST