Líder iraniano alerta que inimigos buscam criar divisões internas

O líder supremo da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, alertou nesta terça-feira (8) que potências ocidentais, em particular Estados Unidos, trabalham para gerar divisões e divergências entre os altos dirigentes do Irã.

Ali Khamenei - Reprodução

Durante uma reunião com altas personalidades do mundo político e religioso da república islâmica, incluídos os chefes do Estado e do parlamento, Khamenei acusou as que chamou de “potências arrogantes hegemônicas de buscarem promover uma divisão da liderança em torno de assuntos medulares”.

São erros de cálculo, opinou o guia espiritual persa, ao sublinhar que "o Irã continuará seu glorioso caminho baseado em tradições divinas" contra atuações como as do Satanás, "porque eles [Ocidente] buscam dominar os países através da intimidação e do suborno".

O líder supremo indicou que desde que "as duas principais ferramentas dos inimigos – a ameaça militar e as sanções econômicas – provaram sua ineficácia, eles começaram a nova estratégia de querer induzir os funcionários governamentais iranianos a cometer julgamentos errôneos".

Sobre isso, transmitiu vários conselhos ao Governo e conclamou dirigentes do país a enfrentarem as sanções impostas ao Irã sob o pretexto de seu programa nuclear através da economia de resistência, e sublinhou que nenhuma ameaça militar terá sucesso.

Khamenei ratificou seu apoio à administração do presidente Hassan Rouhani e pediu aos críticos e aos detratores de sua gestão que sejam justos em seus julgamentos.

Por outro lado, opinou que a oposição de Washington a que Teerã desenvolva a tecnologia nuclear é "injustificada e ilógica", apesar do Governo estadunidense carecer de autoridade para impedir o uso de armas atômicas a qualquer país porque as usou e possui milhares delas.

Recordou que os preceitos do Islã proíbem o Irã de fabricar arsenais nucleares, além do que sua projeção para o mundo e em especial para a região é favorável à promoção da paz, da coexistência pacífica e da solidariedade entre as nações.

Fonte: Prensa Latina