Acusados de assassinar Colombiano e Catarina vão a júri popular

Depois de quatro anos de espera, finalmente os familiares e amigos de Paulo Colombiano e Catarina Galindo têm uma ponta de esperança de que justiça será feita. Na última sexta-feira (4),o Tribunal de Justiça da Bahia anunciou que levará quatro dos cinco acusados pelo assassinato do casal a júri popular.

Colombiano e Catarina - Reprodução

A vitória só não foi completa, pois a justiça excluiu Cássio Antônio Ferreira Santana, um dos mandantes do crime, do julgamento, alegando falta de provas. A família vai recorrer da decisão.

Geraldo Galindo, irmão de Catarina, afirmou que a sentença do juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira é uma importante vitória, mas que será questionada. “Entendemos que Cássio é igualmente responsável pelos assassinatos”, disse em nome da família.

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O questionamento tem como base as investigações da Polícia, que mostraram que o casal foi assassinado após Colombiano, que era tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários, descobrir irregularidades no contrato entre a entidade e a empresa MasterMed, responsável pelo plano de saúde da categoria. Cássio Antônio Ferreira Santana é um dos donos da MasterMed e foi indiciado, juntamente com o seu irmão Claudomiro César Ferreira Santana, como mandante do crime.

Claudomiro César Ferreira Santana vai a júri popular, junto com os executores do assassinato do casal: Adaílton Ferreira de Jesus, Edilson Duarte Araújo e Wagner Luiz Lopes de Souza.
Geraldo Galindo voltou a chamar atenção para a necessidade de a Justiça recolher os passaportes dos acusados para evitar que eles fujam do país, na tentativa de escapar das penas. “O Brasil já tem exemplos de sobra da fuga do país de acusados de crimes que fogem antes do julgamento, especialmente quando se trata de gente endinheirada”, alertou.

Sobre a expectativa da sentença do júri, Geraldo Galindo disse que espera que a pena máxima possível seja dada aos condenados. “A ganância por dinheiro os levaram a assassinar nossos parentes e a punição a eles terá de ser exemplar, pra que os ricos e poderosos desse país não possam continuar pensando que podem cometer crimes e ficar na impunidade”, finaliza.

Fonte: CTB