PCdoB aprova resolução política por unanimidade

 O texto com as diretrizes políticas para o próximo período foi aprovado durante a Convenção Eleitoral Estadual do Partido Comunista do Brasil que reuniu mais de 500 pessoas e também mais de 100 delegados aptos para votar. 

 RESOLUÇÃO

Trava-se em âmbito nacional a batalha decisiva. Dois campos se apresentam nitidamente: um, ocupado pela candidatura de Dilma Rousseff, que representa o aprofundamento das transformações iniciados por Lula, que visa a soberania nacional, a ampliação da democracia, o desenvolvimento com distribuição de renda e que necessita sinalizar ainda mais com reformas estruturais; outro, representado pela candidatura de Aécio Neves – que expressa uma visão de direita e elitista da sociedade brasileira, que não esconde seus compromissos com o capital financeiro e com os interesses estrangeiros, em especial estadunidense, e que representa em síntese um programa regressivo de neoliberalismo mitigado. Diante desses dois caminhos, os comunistas de São Paulo dedicarão o melhor de suas energias para conquistar a quarta vitória eleitoral do povo reelegendo Dilma presidente. Será uma batalha dura e tensa, mas é nosso papel alertar o povo contra as mentiras do sistema de oposição, que tem a mídia como seu centro, e mostrar realmente o que está em jogo.

A batalha pelo Governo paulista tem dimensão nacional e profunda relação com os desafios do país. Os tucanos apresentam Geraldo Alckmin para a reeleição. O governador tem uma base de apoio grande e conta com o apoio explícito da mídia. No entanto, viu desmoronar o seu discurso de competência, envolto em fracassos na educação, na saúde, na segurança pública, no abastecimento de água, etc. Não apresenta nada de novo para o estado. Além disso, agora se vê sob investigações acerca de um grande esquema de corrupção relacionado ao metrô/CPTM. A questão central aqui é conseguir levar a eleição ao segundo turno. A existência de candidaturas expressivas como a de Alexandre Padilha e de Paulo Skaf apontam para a viabilidade deste objetivo.

O PCdoB indica o apoio à candidatura de Alexandre Padilha pelo PT, pela identidade política e programática. O desafio é mostrar a necessidade de São Paulo romper com essa administração medíocre, assumir protagonismo na construção de um projeto nacional de desenvolvimento, liberar sua criatividade, ampliar a qualidade dos serviços e os direitos do povo em geral e dos trabalhadores em particular. Acerca da composição da chapa majoritária o PCdoB reivindica participação.

A candidatura de Paulo Skaf pelo PMDB faz parte de nosso campo e é bem vinda à disputa.
O PCdoB concorrerá à Câmara Federal em coligação com objetivo de eleger 3 federais. Os nomes apresentados são: Netinho de Paula, Orlando Silva e Protógenes Queiroz. Devemos ajudar Netinho de Paula a realizar uma grande campanha de caráter popular e ampla; Orlando Silva contará em boa medida com a força orgânica do Partido e se apoiará nos desdobramentos de seu mandato como vereador na capital; Protógenes Queiroz deve buscar capitalizar as realizações de seu mandato e, com o apoio do Partido, dirigir sua candidatura para os setores médios, onde encontra maior aderência;

Nas últimas eleições o Partido conquistou duas cadeiras no legislativo estadual e as atuais deputadas Leci Brandão e Sarah Munhoz nos enchem de orgulho, assim como Pedro Biguardi e Alcides Amazonas que também exerceram mandato. A convenção aprova chapa própria de candidaturas à Assembléia Legislativa. O objetivo aqui é uma grande e forte chapa própria para o legislativo estadual, visando a ampliação de nossa bancada, que hoje conta com duas cadeiras. Leci Brandão reuniu todas as condições para ter um grande número de votos e puxar nossa votação. A chapa própria envolve vários objetivos: ampliação da bancada; dar sustentação e capilaridade à nossa chapa de federais; ocupar maior espaço na disputa do voto e da opinião popular; desenvolver o Partido em áreas e categorias; projetar lideranças para as batalhas subsequentes, destacadamente para as eleições de 2016. A nossa chapa de estaduais deve, em função dessas premissas, buscar ao máximo, concentrar suas energias nas dobradas com nossos federais;

A convenção autoriza a Comissão Política Estadual a fazer alterações/ajustes na definição de apoio majoritário e na composição das chapas federal e estadual até o limite do prazo legal.
Concentrar todas as atenções das direções partidárias, de nossas lideranças nos movimentos social e sindical, e de todos nossos militantes, filiados e amigos na batalha eleitoral, que será decisiva para nosso povo e para o Partido. Vamos seguir construindo um Brasil melhor, colocando São Paulo em sintonia com as transformações nacionais e fortalecendo o Partido Comunista do Brasil.