Em convenção do PSDB, Aécio ameaça “dar um basta definitivo” ao PT

Sem candidatura a vice-presidente definida e com uma aliança esquálida, em que pontificam o direitista DEM e o Solidariedade (dissidência oportunista da Força Sindical e do PDT), o PSDB realizou neste sábado (14), em São Paulo, a convenção nacional eleitoral do partido que oficializou Aécio Neves (MG) como candidato à Presidência da República.

O ato político da convenção foi uma espécie de “fan fest” dos caciques neoliberais que entre 1995 e 2002 entregaram o país à sanha do capital financeiro internacional e transformaram a administração pública num mar de lama e corrupção.

Estavam presentes o próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, José Serra e outros cardeais tucanos.

Aécio fez um discurso vazio. Defendeu a herança do governo de seu padrinho político FHC. Numa deslavada mentira, disse que foi aquele governo que criou os primeiros programas de transferência de renda no Brasil. Fez acusações genéricas aos governos de Lula e Dilma e repetiu a crítica dos neoliberais de que o atual governo “não controla a inflação”.

O discurso do senador mineiro foi recheado de agressividade, mostrando que o Brasil viverá nos próximos meses uma dura luta política e eleitoral. Prometeu aos seus seguidores que dará um “basta definitivo” ao PT.

A voz das catacumbas

No centro de convenções da Zona Norte paulistana ouviu-se também a voz das catacumbas. Ninguém menos que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que “as vozes das ruas querem mudança". Efetivamente, a mudança que o povo brasileiro quer não pode ser o retrocesso às políticas neoliberais que o ex-presidente implementou e cujas consequências negativas até hoje se fazem sentir na vida nacional.

Ao lançar o nome de Aécio na convenção nacional, sob o patrocínio de FHC na condição de guru e referência política e ideológica, o PSDB mostra que não tem nada a oferecer de bom para o desenvolvimento nacional e o bem-estar do povo. Mesmo escondendo o jogo por razões demagógicas, os tucanos acenam com arrocho fiscal, cortes de direitos e revogação da política de valorização do salário mínimo, além de uma política externa de subordinação do país às potências imperialistas. 

Redação do Vermelho