Jornada mundial impulsiona solidariedade ao caso dos "Cinco de Cuba" 

A luta pela liberdade de três dos cinco antiterroristas cubanos que seguem presos nos EUA recebeu novo impulso com a 3ª Jornada pela Liberdade dos Cinco Heróis de Cuba, concluída na terça-feira (10), em Washington, após uma semana intensa de atividades. 

Jornada mundial impulsiona solidariedade aos "Cinco de Cuba" - Reprodução

A campanha “Cinco dias pelos Cinco” faz parte da iniciativa mundial de denuncia e solidariedade em prol de uma solução definitiva ao caso de Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, René e Fernando González, que foram presos em Miami há 15 anos, quando trabalhavam como agentes para denunciar ao governo de Cuba as ações criminosas de grupos anticastristas.

Segundo informações da Prensa Latina, parlamentares de dez países viajaram a capital dos Estados Unidos para pedir uma mudança na política norte-americana em relação à ilha, incluindo a libertação de Hernández, Labañino e Guerrero – que permanecem presos. Além dos parlamentares, também estiveram presentes outros 31 representantes de diversos países.

Na última segunda-feira (9), as delegações se dividiram em reuniões no Capitólio. O deputado Renato Simões (PT-SP) esteve no grupo que incluiu parlamentares e lideranças de movimentos sociais do Brasil, Equador, Venezuela, Alemanha, Inglaterra e dos Estados Unidos. O grupo se reuniu pela manhã com Jim McGovern, do Partido Democrata.

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“As reuniões tiveram como objetivo sensibilizar parlamentares estadunidenses para que pleiteiem junto ao presidente Obama uma solução humanitária para três presos políticos cubanos que ainda permanecem nos cárceres dos Estados Unidos, como um gesto para uma nova relação com Cuba”, destacou o deputado Simões.

Assim como ele, são muitas as vozes que pedem esta mudança, assegurou a ativista Alicia Jrapko, coordenadora do Comitê Internacional pela Liberdade dos Cinco, que organizou a jornada. Alicia destacou o esforço coletivo para conseguir uma reunião que permita pressionar politicamente com o objetivo de encontrar uma solução definitiva para que os patriotas possam retornar às suas famílias.

Dentre as atividades, houve uma concentração foi em frente à Casa Branca, sede do governo dos EUA. Posteriormente, cerca de 500 pessoas percorreram as principais ruas do centro até o Departamento de Justiça do governo estadunidense.

“Exigimos um posicionamento do presidente Obama em relação à violação dos direitos humanos dos presos políticos cubanos, condenados irregularmente a altíssimas penas em decorrência de sua luta contra o terrorismo praticado contra Cuba”, destacou o deputado brasileiro Renato Simões.

Até o momento, apenas René e Fernando González foram colocados em liberdade e puderam voltar a Cuba, após cumprirem a íntegra de suas sentenças (15 anos e 17 anos e nove meses, respectivamente).

Os “Cinco” eram integrantes da Rede Vespa, criada por Cuba e composta por 12 homens e duas mulheres que monitoravam nos Estados Unidos alguns dos 47 grupos anticastristas sediados na Flórida. Cuba, após o triunfo da revolução, em 1959, foi alvo de mais ataques terroristas do que qualquer outro país do mundo. E a imensa maioria deles, organizada a partir do sul da Flórida, por grupos tolerados pelo governo dos Estados Unidos.

Da redação do Portal Vermelho,
Com informações de Brasília, da Prensa Latina e do PT na Câmara