Obama viaja à Europa para pedir "mais pressão" contra a Rússia

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama chega à Europa nesta terça-feira (3) para uma visita de quatro dias à Polônia, Bélgica e França, urgindo seus aliados a exercerem mais pressão sobre a Rússia na questão da crise ucraniana. Sua primeira reunião será com o presidente polonês e o primeiro-ministro e, na quarta-feira (4), Obama encontrará o presidente recém-eleito na Ucrânia, o magnata Petro Poroshenko.

Barack Obama discurso estado da União 2014 - ABC News

A situação na Ucrânia estará no centro da viagem de Obama à Europa, onde a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) já tem movido tropas, arsenais, caças e navios de guerra, principalmente na vizinhança da Rússia.

Depois da Polônia, o presidente estadunidense viajará para Bruxelas para participar da cúpula do G7, que excluiu a Rússia, e onde Obama tentará persuadir alguns europeus relutantes na manutenção da pressão econômica contra a vizinha euroasiática.

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A cúpula do G7, o grupo de maiores potências econômicas, foi originalmente planejada para acontecer em Sochi, até que Moscou foi suspensa do bloco, então G8, devido às alegações dos EUA e da União Europeia sobre a “ingerência” da Rússia na crise da Ucrânia, enquanto as potências ocidentais continuam apoiando um governo transicional e as eleições que se seguiram ao golpe de Estado de fevereiro.

Além de suspenderem a Rússia e continuarem discursando de forma agressiva contra a potência euroasiática, UE e Estados Unidos impuseram sanções a diversas empresas russas e a indivíduos que acusam de estar diretamente envolvidos no conflito. Ambos ameaçam a Rússia com mais sanções a setores econômicos chave.

Obama também viajará à França, na sexta-feira (6), para marcar os 70 anos do Dia D, quando as tropas aliadas invadiram as praias da Normandia, um episódio retratado como a vitória contra a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

O presidente russo, Vladmir Putin, que participará das celebrações do Dia D, deve reunir-se com seu homólogo francês em Paris, na quinta-feira (5). Obama também jantará com François Hollande no mesmo dia, mas segundo a Casa Branca, não encontrará o presidente Putin.

A viagem do presidente estadunidense acontece dias depois de um grande discurso sobre sua política externa, na Academia Militar em West Point, Nova York, onde voltou a defender a “liderança” dos Estados Unidos no mundo, através de uma presença expansiva pelo globo, através do militarismo, mas, também, da “pressão econômica”.

Com informações da PressTV,
Da Redação do Vermelho