EUA adiam retirada militar do Afeganistão para 2016 e Talibã reage

O grupo Talibã condenou a decisão do presidente dos Estados Unidos Barak Obama, nesta quarta-feira (28), de manter milhares de tropas no Afeganistão para além do prazo anunciado antes, o final deste ano. Obama anunciou que sua força de ocupação, com cerca de 10 mil soldados, só deixará o país em 2016.

Tropas dos EUA no Afeganistão - US Army

Explicando a estratégia dos Estados Unidos para encerrar a sua mais longa guerra, Obama confirmou, na terça-feira (27), que o contingente de 32 mil soldados mantido pelo país no Afeganistão será reduzido para 9.800, até o início de 2015.

Segundo a Agence France-Presse, a explicação é a de que as forças farão um trabalho de “apoio” às forças securitárias do Afeganistão até o fim de 2016, nas chamadas “operações contraterroristas”. Há 13 anos, a invasão do país na Ásia Central era alegadamente uma caça à rede Al-Qaeda, mas o país foi submerso na insegurança e no aumento das tensões, com a desestabilização e a intensificação da violência.

Tensões entre Washington e Cabul ainda estão altas, enquanto Hamid Karzai deixa a presidência tendo recusado a assinatura do Acordo Bilateral de Segurança, que pontua os termos e condições para a presença militar dos EUA no país depois de 2014.

“Espero que isso seja feito,” disse Obama, quando explicava o fim do envolvimento estadunidense em um conflito que começou com a invasão de 2001, para derrubar o Talibã, após os ataques em Nova York e Washington. “Estamos terminando o trabalho que começamos,” disse.

Os membros do Talibã, que vinham participando de reuniões com membros do governo afegão (processo dificultado pela presença militar e a pressão política estadunidense) prometeram que continuarão lutando até a retirada completa das forças norte-americanas.

“Os líderes estadunidenses deveriam fazer, agora, o que planejavam fazer há dois anos. Mesmo que um soldado norte-americano fique no Afeganistão, não é aceitável à nossa nação e a jihad vai continuar contra eles,” afirma a declaração do Talibã.

Da Redação do Vermelho,
Com informações da PressTV