Cristina Kirchner: "Não há revolução sem povo"
No domingo (25), a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, pronunciou um enérgico discurso, marcando a comemoração do 204º aniversário da Revolução de Maio e dos 11 anos de ascensão de Néstor Kirchner como chefe de Estado. Segundo informações oficiais, mais de 300 mil pessoas acompanharam a celebração na Praça de Maio.
Publicado 26/05/2014 11:17
"Arturo Jauretche foi o último grande pensador nacional que estruturou o pensamento de muitas gerações, como fizera a Geração de Maio. Que grande desafio que temos neste século 21", disse a presidenta a respeito do intelectual argentino que morreu há 40 anos. Ela anunciou que irá erguer um monumento em homenagem a Jauretche a alguns metros do que foi construído para seu pai, Carlos Mugica. Cristina pediu que os argentinos “reelaborem o pensamento do século 20 e o retomem como uma nova geração”.
Ela lembrou ainda a herança deixada pelo governo de Nestor Kirchner, eleito presidente há 11 anos. Dentre suas obras, a presidenta citou a redução dos níveis de pobreza, indigência e desemprego; a renovação da Corte Suprema de Justiça; os julgamentos por crimes contra a humanidade; a recomposição das relações com os países latino-americanos; e o pagamento total da divida com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
“Nestor deu a vida para que todos pudessem ter um futuro como país e, neste dia, celebramos o começo de seu governo”, ressaltou Cristina, que disse ainda que “não há revolução sem povo”, ao pedir que seus compatriotas se unam para construir a esperança do país. Neste sentido, Cristina rejeitou as tentativas da oposição de dividir o país.
A Revolução de Maio de 1810 foi o primeiro passo em direção à independência da Argentina, cujo domínio espanhol configurava um monopólio político e comercial que se utilizava da exploração. Os acontecimentos culminaram na criação da Primeira Junta de Governo e, desta forma, foi possível avançar pela autonomia.
Da redação do Portal Vermelho,
Com informações da Telesur