Chefe neonazista ucraniano convoca à guerra de guerrilhas na Crimeia

O candidato à presidência ucraniana nas eleições antecipadas de 25 de maio e chefe do bloco neonazista denominado Setor Direito, Dmitri Yarosh, convocou neste domingo (18) a uma guerra de guerrilhas contra a Rússia na Crimeia.

Durante um debate televisivo prévio às eleições do próximo domingo, o líder extremista enfatizou que é a via indicada para "recuperar a Península da Crimeia".

Incluído em março deste ano por Moscou na lista de busca e captura da Interpol sob acusação de incitação ao terrorismo, Yarosh reiterou suas opiniões sobre a Crimeia durante o espaço transmitido pelo canal principal da televisão de Kiev.

A Crimeia foi e continua sendo ucraniana apesar de que a reunificação com a Rússia é um fato indiscutível, mas para recuperar a península há que desencadear ali uma guerra de guerrilhas, ratificou o chefe dos esquadrões do Setor Direito.

Ao responder à pergunta de um espectador sobre como resolver o conflito no sudeste do país, o partidário da violência sustentou que os líderes federalistas devem ser eliminados fisicamente.

Yarosh prometeu também que, caso ganhe as eleições, designará para os mais altos cargos governamentais os extremistas do movimento da praça Maidán. Não devemos permitir a federalização, já que conduzirá à destruição da Ucrânia como um Estado, considerou.

Com o apoio dos Estados Unidos, seus aliados europeus e órgãos internacionais, o governo autoproclamado mediante a ruptura da ordem constitucional na Ucrânia com o golpe de Estado de 22 de fevereiro, pretende se legitimar nas eleições de 25 de maio.

No entanto, os habitantes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, autoproclamadas independentes depois de referendos que conseguiram um apoio superior a 90%, expressaram que não participarão dessas eleições presidenciais.

Nesta região do sudeste do país, Kiev leva a cabo uma ofensiva militar com mais de 10 mil efetivos, blindados, meios aéreos e armas de alto calibre, deixando um saldo de mais de 127 mortos segundo a ONU, sem contar as vítimas do incêndio de Odessa, estimadas em centenas segundo testemunhas.

Prensa Latina