Artigo de Flávio Dino: Meu partido é o Maranhão

Além da mais longeva oligarquia da história nacional, o Maranhão convive com a mais duradoura aliança partidária que se tem notícia no país. É a aliança do "partido do coronelismo local" com o "partido do poder nacional".

 O pequeno grupo familiar que controla a máquina pública maranhense há cinco décadas mantém uma aliança inabalável de idênticos 50 anos com quem quer que esteja no Palácio do Planalto. Com efeito, desde a primeira hora, o grupo Sarney foi totalmente fiel ao golpe militar. O próprio patriarca da oligarquia foi presidente do PDS – o partido de apoio à ditadura.

Com a redemocratização, a oligarquia mudou de parceiro para não ter de sair da sombra do poder. Os mesmos que apareciam em fotos sorridentes ao lado dos militares que comandavam o governo, passaram a posar de defensores de "primeira hora" da democracia, tentando fraudar a história.

E assim foram aliados de todos os partidos que estiveram no comando do Palácio do Planalto. Mantiveram, com isso, uma aderência inabalável ao poder federal, com a qual buscavam manter o domínio sobre o nosso estado. Mas a conta desses acordos fechados nos banquetes de Brasília foi paga pelo povo do Maranhão, como bem demonstram os indicadores sociais do nosso Estado.

Creio que chegou o momento de superarmos esse modelo político de poucos para poucos. O partido de todos que queremos a reconstrução de nosso estado chama-se MARANHÃO. A ele se juntam e são bem vindos todos os que querem construir um estado de todos para todos.

A partir dessa visão ampla e fraterna, recebemos com alegria a decisão do PPS de Eliziane Gama, que abriu mão de sua legitima pré-candidatura ao governo estadual para juntar forças à nossa caminhada. Mais recentemente foi a vez do PSDB, presidido pelo deputado Carlos Brandão, decidir participar do Partido do Maranhão.

Todos que queiram somar com o nosso Programa de Governo serão bem vindos, pois o momento não é de dispersão, muito menos por possíveis diferenças em nível nacional. O momento é de união para atravessarmos a ponte que separa o passado de 50 ano do encontro com o futuro, tantas vezes anunciado e jamais alcançado.

Essa construção não é uma criação inédita. No Acre dos anos 90, adversários nacionais como PT e PSDB estiveram lado a lado para vencer a oligarquia do crime organizado e da motosserra. Até em São Paulo, centro da disputa entre tucanos e petistas, os dois partidos já estiveram unidos em várias eleições.

O Maranhão não pode mais esperar outra oportunidade para virar a página do atraso. É tempo de o Maranhão olhar para o futuro grandioso a que tem direito, por suas riquezas naturais e culturais, e pela força de seu povo que trabalha muito e vive com fé em um Estado para todos.