"EUA querem exterminar o exemplo da Venezuela", afirma comunista

 “Os Estados Unidos com sua política de ingerência procura derrubar o processo revolucionário e genuinamente democrático venezuelano e o exemplo que isto representa para a região latino-americana”, advertiu na segunda-feira (12) Carlos Aquino, membro do Partido Comunista da Venezuela.

"EUA querem exterminar o exemplo da Venezuela", afirma comunista - Reprodução

Aquino declarou à agência de notícias Prensa Latina que “o imperialismo norte-americano pretende varrer ‘o mau exemplo da Venezuela’, como têm tentado fazer durante mais de 50 anos contra Cuba, como fizeram com o Chile na década de 70, na Nicarágua nos anos 80, e em inúmeros outros casos contra quem age de forma contrária a sua política hegemônica”.

Segundo o dirigente comunista, é inquestionável que Washington tem interesses geoeconômicos, por ser a Venezuela o país de maiores reservas provadas de petróleo e outros recursos naturais, que compartilha de maneira justa com países da região.

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“Apesar das reiteradas tentativas dos EUA para atingir a Venezuela com suas constantes sanções políticas e econômicas, o povo e o governo estão unidos e é cada vez maior o número de venezuelanos que recusa e repudia as ações violentas da oposição com fins desestabilizadores”, assinalou Aquino.

Ele recordou que recentemente se cumpriram 200 anos da Doutrina Monroe e o papel exercido pelo imperialismo norte-americano na América Latina e Caribe, que sempre considerou a região como “seu quintal”, atuando contra toda nação ou governo que se oponha a essa política.

"Os Estados Unidos atuam de muitas maneiras contra os povos que decidem avançar em seus processos de libertação como é o caso da Venezuela com sua Revolução Bolivariana, e faz isso não somente através do departamento de Estado e do Congresso, mas também por meio de sua influência em organizações internacionais", afirmou o comunista.

Para Aquino, é importante manter os níveis de unidade nacional que têm caracterizado a revolução venezuelana nos 15 anos de existência. Segundo ele, toda a solidariedade que o povo da Venezuela recebe em defesa de sua soberania e independência também é fundamental.

Aquino acredita que os EUA estão sendo obrigados a mudar de postura com relação aos países da América Latina e, por isso, afirma que o processo “é mais perigoso”. “Em tais circunstâncias o governo estadunidense fará todo o possível para que fracassem os processos democráticos, soberanos e independentes que estão se produzindo na região”, justificou.

“O problema não é apenas com a Venezuela, é também com Equador, Nicarágua, Bolívia e com outras nações, em diferentes graus, onde avança um processo de unidade e ação latino-americanista, como principal bandeira que se vem levantando, frente ao pan-americanismo preconizado pela Doutrina Monroe”, apontou.

Da redação do Portal Vermelho,
Com informações da Prensa Latina