Carta de São Paulo – Um novo horizonte para as mulheres paulistas

 Nós, mulheres de São Paulo, mulheres de todas as idades, de todas as cores, de todos os credos, de todas as classes, de todos os cantos do país, paulistas de nascimento ou de coração, somos mais da metade da população do estado mais rico e populoso da Federação.

 Somos 22 milhões de mulheres que compõem o belo mosaico do mais importante centro político e econômico do país. Contudo, infelizmente a outrora chamada locomotiva do país perdeu muito de sua força. Após 20 anos de governos de direita, neoliberais, do PSDB de Geraldo Alckmin, onde a marca foi o absoluto descaso com a população mais pobre, o que vemos é um estado que ficou para trás em relação a um país que deslanchou, avança e hoje se encontra em outro patamar no cenário internacional. São Paulo precisa estar nessa mesma sintonia!

Ao contrário, nestas duas décadas de governos tucanos em nosso estado, o que vimos foi o fortalecimento do capital especulativo, das privatizações do que deveria ser público, do sucateamento dos serviços à população, a deterioração do transporte público em geral, sobretudo da CPTM e do Metrô – que a mídia tucana insiste em abafar –a deterioração dos serviços públicos do estado, chegamos ao absurdo de faltar água nos reservatórios do estado por total falta de planejamento e investimento do Governo do estado. Precisamos denunciar que a polícia de São Paulo está entre as mais letais do mundo! Sem que isso aumente em nada a sensação de segurança da população nas ruas. Está acontecendo um extermínio da juventude negra nas periferias, e não são raros os relatos de abusos das polícias contra as mulheres.

O Estado de São Paulo não investe em políticas de enfrentamento e prevenção à violência contra a mulher. Há 645 municípios e a maioria não possui nenhum equipamento de apoio às mulheres vítimas de violência. Faltam Centros de Referência, Casas Abrigos, orientação jurídica e acolhimento na saúde para as que foram agredidas. As Delegacias da Mulher não atendem 24 horas e muitas atendem mal aquelas que denunciam. São Paulo registra mais de 31 casos de estupro por dia, fora os que sequer são denunciados. Viver livre de todas as formas de violência é um direito de toda mulher!

Ainda que sejamos mais de 50% da população, nós, mulheres, somos ainda uma minoria política. E precisamos de políticas públicas, da presença de um Estado forte que assuma sua responsabilidade em corrigir as injustiças históricas cometidas contra as mulheres, observando ainda as desigualdades que há entre nós: como de classe, raça e geração. Essa necessidade não atende somente a uma demandas das mulheres, mas é uma necessidade do desenvolvimento do nosso país, que precisa ter políticas que liberem todo o nosso potencial criativo e nossa força de trabalho. Tais políticas são incompatíveis com o Estado mínimo neoliberal defendido por PSDB e Geraldo Alckmin.

Por isso, a União Brasileira de Mulheres em seu 9º Congresso Estadual decide apoiar decidida e entusiasmadamente a candidatura que simboliza a guinada popular no Palácio dos Bandeirantes, a candidatura do compromisso com as mulheres e das Políticas Públicas: estamos com o companheiro Alexandre Padilha para Governador do estado de São Paulo para, juntos, construirmos um novo horizonte para as mulheres paulistas!

E para auxiliá-lo na dura tarefa de botar São Paulo nos trilhos da mudança e fazer do nosso estado novamente a locomotiva que foi um dia, a UBM também apoiará candidaturas proporcionais comprometidas com os direitos das mulheres em todo o estado de São Paulo para que as mulheres paulistas tenham a valorização merecida e possam contribuir mais e mais com o desenvolvimento do nosso estado e do nosso país!

Viva a luta das mulheres paulistas! Viva o campo democrático e popular!

O companheiro Padilha contará com todo o nosso empenho nessa luta! Até o fim! Rumo ao Palácio dos Bandeirantes!