9º Congresso da UBM-SP elege direção e debate desafios 

Por Mariana Venturini, Vermelho SP

Representatividade

O evento, que reuniu 250 participantes de 31 municípios e diversos segmentos, teve o ato político de abertura prestigiado pelas presenças de Orlando Silva, presidente estadual do PCdoB; Maria Fernanda Marcelino, representando a Marcha Mundial das Mulheres; da deputada estadual pelo PCdoB Lecy Brandão; da Secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, Ivânia Pereira; da representante da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres da Prefeitura de São Paulo, Rita Quadros; da representante da Unegro, Rosa Anacleto; e de Edna Andrade, Secretária da Mulher do Sindicato dos Condutores, entidade que cedeu espaço para a realização do evento.

Em sua saudação, Orlando se disse muito feliz em ser o único homem naquela mesa, pois o comum era o oposto: haver sempre uma mulher em mesas composta apenas por homens. E foi ovacionado quando disse de sua árdua batalha pela aprovação do PL que instituiu paridade de gênero nos conselhos da Capital. Maria Fernanda reforçou a importância das entidades feministas populares como a UBM reforçarem o plebiscito pela reforma política democrática. A deputada Leci Brandão abordou as dificuldades e preconceitos que as mulheres, sobretudo as negras, ainda enfrentam no parlamento. Todas as demais oradoras foram unânimes em valorizar a necessidade de ampliar a participação das mulheres nos espaços de poder e o papel da UBM nesta luta.

Politização ampla e participativa

Os trabalhos do congresso seguiram com debates sobre conjunturas nacional e estadual, com enfoque na realidade das mulheres e das políticas públicas, balanço político-organizativo da UBM no estado de São Paulo, cujas expositoras foram as companheiras Elza Campos, coordenadora-geral nacional da UBM, Majô Jandreice e Rozina Conceição. Seguidas de painéis com os temas mais poder político para as mulheres (Liège Rocha); combate à violência contra a mulher (Olívia Rangel); a mulher no mundo do trabalho (Ivânia Pereira); as mulheres e a luta anti-racista (Rosa Anacleto); e a luta das jovens mulheres (Elisângela UJS), todos seguidos de muito debate.

Ao término dos debates, no período da tarde, foram apresentadas todas as emendas propostas pelo plenário ao documento São Paulo Precisa Avançar, e este, que deverá nortear a entidade pelo próximo triênio, foi aprovado pelo plenário. O plenário ainda aprovou por unanimidade a Carta de São Paulo – Um novo horizonte para as mulheres paulistas! de apoio à pré-candidatura de Alexandre Padilha ao governo do estado, além de eleger a nova coordenação estadual da entidade e a delegação de 60 companheiras para o 9º Congresso Nacional da União Brasileira de Mulheres, a se realizar em Brasília, entre 4 e 6 de junho deste ano em Brasília.

Veja abaixo a coordenação estadual eleita:

Ana Martins Capital  – São Miguel/Ermelino
Andreia Nascimento  – Capital / Itaquera/Guainases
Cleodiran Sales – Campinas
Edna Maria de Andrade – Condutoras
Fátima Soares –  MDM / Campo Limpo
Flavia Costa – Mulheres Negras
Geni Saldanha – Mairiporã
Ieda Maria de Jesus  – Jundiaí
Inês Tzankova – Jandira
Jacira Campelo – Sindical
Keith Cristine Horta – Juventude
Luciana dos Santos – Marilia
Luciene Balisa – Capital / Sapopemba
Margarida Lazaro – Osasco
Maria Jandreice Majô – Bauru
Mariana Mastrorocco – Santos
Mariana Venturini  – Capital / Centro
Maura Augusta – Comunitário / Ipiranga
Regiane Alves – Capital / Brasilândia
Rozina Conceição de Jesus – Coordenação Geral
Sandra Maria de Paula Oliveira – ABCD
Solange Carneiro –  Tesouraria
Vilma Cruvinel – Ribeirão Preto