André Machado fala sobre Reforma da Mídia à rádio comunitária

 

Pauta recorrente no Congresso Nacional, a Reforma da Mídia foi abordada pelo jornalista André Machado em entrevista à RádioCom – rádio comunitária de Pelotas, na última sexta-feira (25). No mesmo dia, Machado esteve no município de Igrejinha, no Vale do Paranhana, falando com jovens sobre o tema. O jornalista atuou por quase 20 anos em uma das principais rádios do Rio Grande do Sul, a Rádio Gaúcha. Em setembro de 2013, André Machado deixou o Grupo RBS para militar no PCdoB.

De acordo com Machado, o debate sobre a Reforma da Mídia ainda precisa ser aprofundado. "Para a Reforma sair do papel é necessário clamor popular. Uma grande parcela da sociedade ainda não entende do que se trata. Além disso, há uma visão distorcida de alguns veículos de comunicação, sobretudo dos maiores, a respeito da Reforma da Mídia. É preciso ficar claro que este projeto não prevê nenhum tipo de censura”, ressaltou.   

Para o jornalista, a democratização dos meios de comunicação é um dos principais pontos da Reforma. Ele defende que é preciso incentivar pequenos e médios veículos de comunicação, como as rádios comunitárias. “Rádios e jornais locais falam sobre a realidade das cidades e regiões. Precisamos incentivar isso e colaborar para que o jornalismo local seja feito com responsabilidade e ética”, afirmou.

Outro aspecto destacado por André Machado se refere à campanha da Lei da Mídia Democrática, que trata sobre a questão dos oligopólios e monopólios dos meios de comunicação e sobre o papel de negros, mulheres e homossexuais na mídia. Para que o projeto de lei entre na pauta do Congresso Nacional, no entanto, é preciso colher 1,5 milhão assinaturas (o abaixo assinado está disponível no site www.paraexpressaraliberdade.org.br ). "Não se quer criar nada de novo. Só se quer regulamentar o que está na Constituição Federal", defendeu.

O Marco Civil da Internet, sancionado pela presidente Dilma Rousseff na última quarta-feira (23), também foi lembrado na entrevista. "Este é um primeiro passo para desmistificar a ideia de que há um controle do governo sobre o uso da internet. Não há nada de censura. Qualquer cidadão que defende a democracia quer uma sociedade livre. Quando decidi entrar para a política, foi por entender que temas como este precisam de uma análise mais criteriosa", concluiu André Machado.

Texto: Redação local