Publicado 06/05/2014 10:56 | Editado 04/03/2020 17:09
De acordo com Machado, o debate sobre a Reforma da Mídia ainda precisa ser aprofundado. "Para a Reforma sair do papel é necessário clamor popular. Uma grande parcela da sociedade ainda não entende do que se trata. Além disso, há uma visão distorcida de alguns veículos de comunicação, sobretudo dos maiores, a respeito da Reforma da Mídia. É preciso ficar claro que este projeto não prevê nenhum tipo de censura”, ressaltou.
Para o jornalista, a democratização dos meios de comunicação é um dos principais pontos da Reforma. Ele defende que é preciso incentivar pequenos e médios veículos de comunicação, como as rádios comunitárias. “Rádios e jornais locais falam sobre a realidade das cidades e regiões. Precisamos incentivar isso e colaborar para que o jornalismo local seja feito com responsabilidade e ética”, afirmou.
Outro aspecto destacado por André Machado se refere à campanha da Lei da Mídia Democrática, que trata sobre a questão dos oligopólios e monopólios dos meios de comunicação e sobre o papel de negros, mulheres e homossexuais na mídia. Para que o projeto de lei entre na pauta do Congresso Nacional, no entanto, é preciso colher 1,5 milhão assinaturas (o abaixo assinado está disponível no site www.paraexpressaraliberdade.
O Marco Civil da Internet, sancionado pela presidente Dilma Rousseff na última quarta-feira (23), também foi lembrado na entrevista. "Este é um primeiro passo para desmistificar a ideia de que há um controle do governo sobre o uso da internet. Não há nada de censura. Qualquer cidadão que defende a democracia quer uma sociedade livre. Quando decidi entrar para a política, foi por entender que temas como este precisam de uma análise mais criteriosa", concluiu André Machado.
Texto: Redação local