Venezuela recusa inclusão de Cuba em lista terrorista dos EUA
O representante permanente da Venezuela na ONU, Samuel Moncada, condenou, nesta sexta-feira (2) a recente inclusão de Cuba na unilateral lista de promotores do terrorismo elaborada pelos Estados Unidos.
Publicado 03/05/2014 10:24
“Recusamos de forma contundente as acusações de Washington contra o país caribenho, e denunciamos sua falta de moral e capacidade legal para julgar outros países”, afirmou à agência de notícias Prensa Latina.
De acordo com o diplomata, os Estados Unidos carecem de autoridade moral porque dão proteção em seu território a criminosos foragidos da justiça, responsáveis por atos terroristas.
“Temos o caso de Luis Posada Carriles, autor da explosão em outubro de 1976 de um avião cubano com 73 pessoas a bordo, e de terroristas que puseram bombas na Venezuela”, ilustrou.
Moncada também advertiu que a Casa Branca viola com suas declarações unilaterais o princípio da igualdade soberana dos Estados, consagrado no Direito Internacional.
“Os Estados Unidos não têm capacidade de instituir-se juiz, o que faz com que sua prática imperial seja cada vez mais recusada”, disse.
Para o embaixador venezuelano, outros argumentos a considerar são a hipocrisia dos Estados Unidos e sua marcada intenção de prejudicar o processo de paz que Cuba acolhe, entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP).
“Também é importante recordar que a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e o Movimento de Países Não Alinhados (Mnoal) condenaram a elaboração de listas unilaterais, afirmou.
O Departamento de Estado norte-americano publicou na terça-feira sua relação anual de países acusados de promover o terrorismo internacional, na qual incluiu Cuba, Irã, Síria e Sudão.
Havana recusou através de sua chancelaria as acusações de Washington, as quais inseriu em seu empenho de justificar o bloqueio econômico, comercial e financeiro aplicado por mais de meio século, apesar do repúdio mundial quase unânime ao cerco.
Cuba qualificou como “absurda” a designação, que ocorreu pela trigésima segunda ocasião consecutiva.
Fonte: Prensa Latina