Sindicalistas participam de debate sobre comunicação

Democratizar os meios de comunicação implica em criar mecanismos para se acabar com o monopólio e conseqüentemente, consolidar a democracia existente no país. Esse foi um dos principais pontos abordados no debate realizado na manhã desta sexta-feira, dia 11, no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região

 Democratizar os meios de comunicação implica em criar mecanismos para se acabar com o monopólio e conseqüentemente, consolidar a democracia existente no país. Esse foi um dos principais pontos abordados no debate realizado na manhã desta sexta-feira, dia 11, no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.

O evento, promovido pela subsede da CUT, faz parte da programação do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, e teve como tema "Comunicação: o desafio do século".

Dirigentes e associados de Sindicatos ligados à CUT de Sorocaba e região acompanharam a discussão, que contou com os palestrantes: Ana Flávia Marques, representante do Centro de Estudos Barão de Itararé, de São Paulo, e Paulo Rogério de Andrade, coordenador da imprensa do SMetal.

Ana Flávia abordou a necessidade do novo marco regulatório para a democratização dos meios de comunicação e o projeto de lei de iniciativa popular, criado em maio do ano passado. Ela ressalta que os debates nas bases dos movimentos e entidades sindicais são fundamentais, pois são necessárias 1 milhão e 300 mil assinaturas para que o projeto tramite nas instâncias do poder.
"O projeto propõe um equilíbrio nos espaços da programação dos meios de comunicação para garantir a pluralidade de opinião", explica.

Entre outros pontos, no artigo 22, por exemplo, reivindica-se de que 70% dos programas televisivos sejam brasileiros e que a grade contemple duas horas de jornalismo.

A mesa também debateu o marco civil, que diz respeito à regulamentação da internet no Brasil, projeto aprovado recentemente na Câmara dos Deputados e que está agora aguardando votação no Senado.

O assessor Paulo Rogério destacou a importância das estratégias de comunicação relacionadas com as experiências sindicais, tendo como base o autor e pesquisador Vitor Gianotti e dados sobre o perfil dos metalúrgicos.

Ele expôs a mudança de comportamento do público-alvo da comunicação do Sindicato da década de 80 para os dias atuais, incluindo a elevação do grau de formação.

Na década de 80, por exemplo, a participação das mulheres no meio metalúrgico era ínfima, já em 1994 aumentou para 9% e em 2004, 19%. Quanto à idade as pesquisas demonstram que a faixa etária de trabalhadores até 39 anos se mantém numa média de 60%.

Ele apontou dados também relacionados ao acesso à internet e à leitura de jornais, informações essas que fazem com que novas estratégias sejam utilizadas nos canais disponibilizados pela imprensa sindical, que deve acompanhar os diferentes contextos do movimento dos trabalhadores.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região