Ataques de grupo extremista na Nigéria deixam mais de 200 mortos

Entre 40 e 60 pessoas morreram em dois ataques a vilas do estado de Borno, no nordeste da Nigéria, neste fim de semana. De acordo com o jornal Daily Trust, que noticiou no domingo (13) a primeira cifra resultante dos atentados, a responsabilidade é atribuída ao grupo Boko Haram, de ideologia extremista islamista. Na sexta-feira (11), um senador já havia denunciado outros ataques que resultaram em cerca de 210 mortes.

Boko Haram - OSBC

Fontes citadas pelo diário disseram que os insurgentes conduziram veículos em chamas para incendiar casas, lojas e estações de telecomunicações, em uma vila que partilha fronteira com Camarões, país também cenário da atuação do Boko Haram (“Educação ocidental é pecaminosa”).

O grupo, também denominado “Congregação do Povo da Tradição do Proselitismo e da Jihad”, destruíram residências, plantações e outras estruturas, levando dezenas a buscarem refúgio em vilas vizinhas.

No segundo ataque, sete pessoas foram mortas, inclusive o líder de uma vila na comunidade de Kodunga, ainda em Borno, no domingo. Os militantes do grupo usaram explosivos improvisados para queimar casas.

Na sexta-feira (11), o senador Zannah Ahmed, que representa o estado de Borno, disse que cerca de 210 pessoas tinham sido mortas em ataques a quatro cidades diferentes. Entretanto, Ahmed disse que os atacantes estavam vestidos em uniforme militar e falavam inglês, ao invés das línguas hausa e kanuri faladas pelos militantes do Boko Haram, que se opõem à influência ocidental.

Fontes citadas pelo senador asseguraram que os ataques não pareciam ser do Boko Haram, mas partes de uma “maquinaria nacional ou estrangeira”. Ahmed disse ainda que há centenas de nigerianos buscando refúgio em outros estados ou até cruzando a fronteira para o vizinho Camarões.

O diretor de Informação de Defesa, major-general Chris Olukolade disse que "o ataque do Exército aos acampamentos das milícias armadas nos estados de Kaduna e Plateau resultou na recuperação de armas e de alguns animais roubados."

Com informações do portal All Africa,
Da Redação do Vermelho