A comunicação no combate do rebaixamento do papel do Partido

 O informe da Secretaria Municipal de Comunicação do Comitê da Capital pontua os desafios da comunicação no combate ao rebaixamento do papel estratégico do Partido da classe operária.

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 Informe da Secretaria Municipal de Comunicação do PCdoB de São Paulo

Neste Encontro Municipal de Militantes do PCdoB de São Paulo, desdobramento imediato do 8º Encontro sobre Questões de Partido do Comitê Central, a discussão principal será o desafio de constituir um partido comunista de quadros e de massas de militantes, com influência real e forte na atual realidade brasileira.

A comunicação, importante área de trabalho, deve dialogar com esses desafios, a partir da premissa fundamental de combater o rebaixamento do papel estratégico do partido da classe operária. Por isso, deve ser encarada como arma na luta de ideias e organizativa do nosso Partido.

Os comitês distritais, de categorias e organismos de base devem elevar a importância das atividades de agitação e propaganda. Debater e divulgar as resoluções do 13º Congresso, o nosso Programa Socialista, assim como realizar atividades coordenadas de filiações, distribuir o jornal Classe Operária e tremular as nossas bandeiras em atividades de massa, são tarefas que não podem ser minimizadas ou subestimadas.

É preciso ganhar o conjunto partidário para a importância da comunicação. Portanto, é preciso compreendê-la em três vértices principais:

1) A comunicação como ferramenta para atuação na luta de ideias:

A comunicação é a porta-voz do partido, instrumento para divulgar as nossas orientações, análises, posições, ações e objetivos, munindo a militância de elementos para travar a luta de ideias.
É preciso mantermos um bom relacionamento com jornais de bairro, sites e blogs progressistas para ampliar a influência das ideias elaboradas e corroboradas pelo PCdoB.
O Partido ingressou nas principais redes sociais e tem buscado pautar a luta de ideias utilizando esses instrumentos, mas é necessário compreender mais e melhor as novas ferramentas e usar essa brecha tecnológica a favor dos nossos objetivos políticos.

2) A comunicação como ferramenta da construção partidária

A face da comunicação nos distritais é de agitação e propaganda por ser um valioso instrumento para filiar, manter e até mesmo ampliar a organicidade partidária.
O jornal A Classe Operária é instrumento valioso para tais atividades, por isso, entender o jornal como ferramenta da construção partidária e planejar a sua distribuição envolvendo o conjunto da militância deve ser responsabilidade dos dirigentes distritais e de base. Planejar a distribuição de forma sistemática e duradoura, para reverter em filiações em locais estratégicos, em um trabalho persistente e consciente é um desafio atual.
Para que essa meta tenha êxito, as direções distritais e de categorias precisam ter um responsável pela pasta nas direções, pelo menos, nos locais em que temos um trabalho consolidado.

3) A luta pela democratização da comunicação:

Apesar da presidenta Dilma Rousseff já ter verbalizado que essa não é uma luta que será travada ainda neste governo, a avaliação da nossa direção nacional é que essa bandeira deve ser defendida com convicção e ações pelo conjunto da nossa militância. Por isso, o PCdoB foi o primeiro partido da base do governo Dilma/Lula a aprovar, em 2007, uma resolução pela democratização da mídia e também é o primeiro a ter uma secretaria específica para tratar de maneira mais concentrada sobre o tema, que é a Secretaria Nacional de Questões de Mídia.

Fruto desse trabalho, o partido protagonizou a construção do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé de São Paulo, que atua com amplitude e ajuda na construção da unidade das entidades, ativistas, movimentos e blogs em torno da democratização da comunicação.

O instrumento de formação e mobilização em torno do debate da democratização da comunicação é a campanha para coleta de assinaturas do projeto de lei de iniciativa popular, proposta de marco regulatório da comunicação que foi elaborada por diversos movimentos sociais.

Esses são desafios atuais da comunicação que o coletivo partidário deve encarar nem um contexto em que a centralidade da comunicação ganha mais relevo com a intensificação da agenda política e social do país, em dura e plena batalha ideológica.