CNIg: Estudo apresenta mapa da migração haitiana no Brasil

Nesta terça-feira (8), o Conselho Nacional de Imigração (CNIg), em parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), divulgou estudo que traça radiografia do fluxo migratório de haitianos ao Brasil. A pesquisa verificou questões como cidade origem, trajeto percorrido, pontos de entrada, expectativa de trabalho entre outros pontos.

O estudo revelou que a maioria desses imigrantes trabalha na área da construção civil e da indústria e os empregadores declaram estar satisfeitos com o desempenho deles.

De acordo com  a pesquisa, os haitianos que não possuem visto de entrada no país chegam ao Brasil via Equador e Peru, levando nesse trajeto menos de 15 dias e a viagem custando entre 2 e 6 mil dólares. A maioria, como informa o estudo, chega ao país devendo os custos da viagem.

Em coletiva à imprensa, o presidente do CNIg, Paulo Sérgio de Almeida, o estudo tem como objetivo difundir o conhecimento sobre as características do fluxo migratório haitiano no Brasil “possibilitando a CNIg o desenho de políticas mais eficazes”.

A pesquisa (que pode ser acessada aqui) ainda revelou que uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos migrantes haitianos está relacionada ao desconhecimento da Língua Portuguesa, o que dificulta o processo de comunicação no país, e quando empregados, consideram o salário recebido abaixo da expectativa, sendo que muitos deles, apesar da formação universitária, exercem atividades manuais.

Migração haitiana

Segundo informações do CNIg cerca de 30 mil haitianos vivem hoje no Brasil. Destes, 19 mil entraram via cidade de Basiléia, no Acre. Os demais entraram regulamente, com visto humanitário, pelos aeroportos brasileiros, com base na Resolução 97/12 do Conselho Nacional de Imigração.

Da Redação 
Com informações do Ministério do Trabalho e Emprego