PCdoB: Um panorama da área no Dia Mundial da Saúde

Na data em que se comemora o Dia Mundial da Saúde, a coordenadora nacional de saúde do PCdoB, Julia Roland, descreveu o atual contexto da saúde brasileira, com a luta constante pela melhoria do SUS, os benefícios do programa do governo federal, Mais Médicos, e o que podemos comemorar e vislumbrar num futuro próximo.

Ramon de Castro, para Rádio Vermelho


 
Sobre o Mais Médicos, Julia afirma ser um movimento positivo e que deve ter continuidade. “O programa de levar médicos a lugares de difícil acesso é fundamental num problema já antigo de alocar médicos em regiões desse tipo e esse projeto tem que continuar por mais alguns anos junto de outras iniciativas que já estão em curso para continuar melhorando esse panorama”, disse.
 

Segundo Julia, para melhorar a qualidade de vida do brasileiro os investimentos não devem parar na saúde. “Você não garante saúde só com investimento no SUS. Tem que investir em moradia, educação e diversas outras áreas das políticas sociais para ter uma alteração significativa na qualidade de vida do brasileiro”, falou.

Especificamente sobre o Sistema Único de Saúde, a coordenadora defende a ampliação dos investimentos, mas que sejam feitos em grande parte para a saúde pública. “Hoje o SUS atende em torno de 60% dos brasileiros, mas só recebe 40% do total de investimentos dessa pasta enquanto a maior parte fica para o sistema privado. Essa equação tem de ser invertida, ampliando os investimentos, mas especialmente no sistema público de saúde”,  contou.

E sobre o Dia Mundial da Saúde, o brasileiro pode e deve celebrar. “Temos de comemorar o fato de que na Constituição o brasileiro tem direito à saúde como direito constitucional. Porque antes de 1988 apenas os cidadãos com carteira assinada tinham direito ao atendimento no SUS e durante esse tempo houve uma melhora significativa dos atendimentos em geral. E o país serve de exemplo mundial em campanhas como a da gripe, aids e diabetes. Além do que o Brasil é o país no mundo que mais realiza transplantes pelo meio do sistema de saúde pública”, finalizou Julia.