Candidato de centro-esquerda é eleito presidente da Costa Rica

"Convoco para a união nacional. Que não haja mais divisões, mas que aquelas fruto da pluralidade. Que não haja conflito algum que possa dividir, e que além de partidos, convocados pela bandeira nacional, possamos caminhar unidos buscando a prosperidade", expressou Solís em seu discurso de vitória.

Solís, que se declarou um social-democrata, destacou entre suas principais promessas de campanha a reativação do setor agropecuário, o fortalecimento das instituições públicas de infraestrutura, saúde e educação, assim como a erradicação da pobreza extrema que afeta 6% da população.

Também prometeu melhorar a arrecadação e a luta contra a evasão a fim de combater o déficit fiscal que em 2013 fechou em 5,4% do PIB (Produto Interno Bruto), para o qual também impulsionará uma reforma tributária a partir de seu segundo ano de mandato.

Devido à falta de fundos e uma desvantagem de 40% na intenção de voto, segundo as pesquisas, Araya se retirou da campanha sem renunciar à candidatura, pois a Constituição proíbe que um candidato retire seu nome.

Isso obrigou Solís a se esforçar mais para garantir um volume de votos que sustentasse de maneira convincente sua vitória e explica a frieza das votações de domingo e o aumento do abstencionismo, que segundo o primeiro relatório preliminar do TSE chegou a 43,59%.

Solís, um historiador de 53 anos que dedicou 30 ao ensino, iniciou a campanha dizendo que pretendia acabar com o "desgoverno" do PLN nos últimos oito anos, liderado por Óscar Arias (2006-2010) e Laura Chinchilla (2010-2014). Com a vitória, o Partido de Ação Cidadã, fundado no ano 2000, chega pela primeira vez ao poder na história da Costa Rica. Foi que pela primeira vez um partido relativamente novo tirou a preferência pelos grupos tradicionais que se alternaram no poder nos últimos 60 anos.

Com Opera Mundi, e Prensa Latina