Câmara destaca importância da cultura na resistência à ditadura 

Nas descomemorações dos 50 anos do golpe militar de 1964, a Comissão de Cultura da Câmara, presidida pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), reuniu artistas para apresentações artísticas, pontuadas por discursos que destacaram a resistência da cultura brasileira à ditadura.  

Câmara destaca importância da cultura na resistência à ditadura - Richard Silva

“Todas as linguagens culturais foram amordaçadas na ditadura, sob a égide da influência dos Estados Unidos, que procuravam fazer do Brasil um pais colonizado, mas a cultura rebelou-se e estamos de pé construindo a democracia”, disse Alice Portugal, entre uma apresentação e outra de músicas e esquetes.

A deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), vice-presidenta da Comissão de Cultura, parabenizou a iniciativa, enfatizando que “no dia em que se descomemora a instalação da ditadura no Brasil, a expressão da identidade do nosso povo veio aqui marcar essa data, para que nunca mais se repita”, lembrando que foram inúmeras as manifestações de resistência da cultura, que não se intimidou e produziu música, literatura e peças teatrais, além dos artistas terem ido às ruas travar a luta política.

“Por isso, a iniciativa da comissão fortalece a perspectiva da cultura que é emancipar e chegar junto ao povo para afirmar bem forte a esperança de transformação e das reformas de base”, afirmou Luciana, seguida pela ex-presidente da Comissão de Cultura, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

“Ditadura nunca mais, liberdade sempre e cultura para todos”, disse Jandira, afirmando que a arte e cultura estiveram dentro do processo de resistência à ditadura e foi de muita importância na influência aos jovens.

O ato faz parte dos Manifestos Culturais promovidos pela CCult. A ideia é realizar encontros com artistas de diferentes linguagens, abrindo a Casa para pequenas intervenções em caráter de manifesto para as reivindicações dos setores que eles representam junto aos parlamentares. Deste Manifesto participaram Andréia Roseno, Jaguaraci de Andrade, Coletivo Teatral Commune, Márcia Short, Raimundo Sodré e Wanessa Fagundes.

De Brasília
Márcia Xavier