Bira faz apelo para que governo negocie o fim da greve

A falta de diálogo do Governo do Estado com os policiais militares foi o tema do pronunciamento do deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) na Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (02).

 O parlamentar criticou o Governo do Estado por não se reunir com a categoria, não ouvir as reivindicações e tratar com truculência os militares. “Até agora, a única resposta que a gente ouviu dizer do governo é a truculência, são prisões, são ameaças, são desqualificações em relação ao movimento dos policiais, mas em relação à pauta”, destacou.

O Maranhão tem a menor quantidade de policiais por habitantes do Brasil e a paralisação dos militares afeta toda população maranhense. Bira afirma que a população está sofrendo e precisa de uma resposta por parte do Governo, pois há municípios em que a paralisação é de quase 100% da tropa.

“Não é o governo se trancando e mandando baixar o cacete. Não é assim, não é fazendo pressão, ameaçando mandar tropa de choque para tirar os policiais, da Câmara de Vereadores. Não é assim. Isso não vai resolver. O que vai resolver é o diálogo, ouvir as reivindicações, tentar entrar num entendimento, estabelecer um acordo, criar um local onde se possa conversar”, defendeu.

A pauta de reivindicações apresentada pela categoria dos policiais militares requer: o escalonamento vertical dos policiais militares, já conquistada na justiça e não cumprida; aumento de 18% concedido aos servidores civis, que não foi concedido aos servidores militares; isonomia; aumento do efetivo policial com mais cinco mil novos policiais; nomeação imediata dos aprovados no concurso preparatório de 2013; carga horária de 40 horas semanais; e anistia geral e incondicional aos participantes do movimento.

Bira entende que o Governo do Estado erra ao colocar nas ruas policiais militares inexperientes sem o devido acompanhamento. Ele relatou um acidente com uma viatura da Polícia Militar, nesta terça-feira, que acabou com a morte de um jovem recém-formado.

“São pessoas que acabaram de assumir, que não têm ainda experiência. Eu fico imaginando o pai e a mãe desses jovens, meninos de 20 anos de idade. Como é que eles não estão se sentindo nesse momento? Vendo esses jovens completamente expostos à sua própria sorte sem ter alguém com mais experiência ao seu lado para enfrentar a criminalidade”, criticou.

O socialista encerrou seu pronunciamento apelando para que a Governadora, antes de abandonar o Governo, procure encontrar uma solução para a paralisação dos policiais militares. “Eu espero que o governo se manifeste, tome iniciativa, faça o diálogo e busque a solução para esse impasse que criou uma aflição nos maranhenses”, concluiu.