PCdoB só decide em junho sua posição em relação às eleições

O PCdoB só vai decidir em junho, último prazo para as convenções partidárias, quem apoiará para o governo do Estado nas eleições. A declaração é do presidente estadual do partido, Eron Bezerra, e foi dada durante a manhã de hoje para a rádio Tiradentes.

“Nossa única decisão é o apoio à reeleição de Dilma (Rousseff). Quem estiver no campo da Dilma merecerá o nosso apoio. Até onde sei, Pros e PMDB estão nesse campo”, disse Eron, referindo-se a José Melo e Eduardo Braga, respectivamente, pré-candidatos ao governo do Estado.

Questionado se o PCdoB ficará no governo com sua saída para disputar uma vaga na Câmara de Deputados, Eron foi enfático. “O PCdoB não faz salamaleque. Não faz jogo duplo. Se decidirmos que não vamos apoiar Melo, saímos do governo”, disse.

Balanço de gestão
Eron, que fica à frente da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) até a próxima sexta-feira, visitou a rádio para divulgar o balanço de sua atuação na secretaria. “Na vida, a gente pode elencar só os defeitos ou qualidades de uma pessoa ou de um setor. Eu não pertenço à essa categoria. Eu pertenço a um grupo de pessoas que bate duro quando é necessário e reconheço os méritos e qualidades de todo mundo. Portanto o setor primário tem defeitos, tem erros, mas também tem qualidades”, afirmou.

Uma das declarações foi sobre o setor sanitário. “Nós pegamos o setor primário com o risco desconhecido no quesito sanitário. Estamos sendo auditados para passar para área livre de febre aftosa. Isso significa o certificado ouro junto ao ministério da agricultura”.

De acordo com o secretário, o status de área livre de febre aftosa contribui para a balança comercial. “Em 2013, o saldo da balança foi de US$ 2,5 bilhões. O Setor primário contribuiu com US$ 84 bi de saldo na balança. Indústria e serviço deram rombo de US$ 81,5 bi de dólares. Se não fosse o setor primário, seria uma tragédia”.

Um surto de aftosa no Careiro da Várzea, em 2004, durante a gestão do então secretário Luiz Castro, deixou o Brasil inteiro impedido de vender carne. “Porque quando há um foco em qualquer lugar do Brasil, o pais inteiro fica impedido de comercializar carne”.

A Sepror também incentivou o financiamento de produtores rurais. “Em 2007, quando chegamos na Sepror, o saldo de financiamento de produtores era de R$ 30 milhões por ano. Nós fechamos 2013 com mais de 200 milhões”.

“Na média, nós temos mais qualidades do que defeitos. A prova é que a pesquisa que considerou o governador Omar Aziz o melhor governador do país também revela que o setor primário é o setor de melhor desempenho do estado”, finalizou Eron.