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8º Encontro: a política de quadros em nova etapa

O outro foco do 8ºEncontro é a operacionalização da política de quadros. Algo muito marcante vai acontecer. A designação de um membro da Comissão Política Nacional – Carlos Augusto Patinhas – para coordenar o Departamento Nacional infundiu desde logo a renovação de diversos Departamentos Estaduais com quadros de alto prestígio, experiência e liderança. A mudança responde pelo sentimento crítico que não se logrou operacionalizar a rica política de quadros.
Por Walter Sorrentino*

Novas linhas de indução foram traçadas e esse é um dado dos mais relevantes do Encontro. Estão dadas novas condições para uma política de quadros de alto teor, ampla, larga e profunda, que se institua como centro da direção organizativa progressivamente. Até porque envolverá não apenas quadros dirigentes formais, como quadros pivôs de base e quadros intermédios das direções municipais, mais uma rica variedade de situações que marcam a atividade dos quadros partidários – na vida institucional, tarefas de governo, nas mais variadas frentes de massas, na ciência, cultura etc. Direções estaduais e a nacional ou convergem nessas linhas de indução, ou não se alcançará eficácia.

Ficou evidente que o trabalho com os quadros precisa realmente de departamentos. Eles precisam envolver, sob uma única coordenação, gente responsável das comissões de direção sindical, de juventude, mulheres, ciência, cultura etc, em interface direta com formação, e lincando a esfera nacional e estaduais. Estas, por sua vez, ganham contorno decisivo ao pôr na alça de mira indelegável os integrantes dos comitês municipais, e os quadros pivôs de base nas grandes cidades. Enfim, uma operacionalização orquestrada no rumo do documento aprovado no 12º Congresso.

Reitere-se ainda, uma vez mais: sem eficaz registro no Rede Quadros, a política fica reduzida à dimensão oral, de pequenos círculos, rasa e estreita. O PCdoB não convive mais com esses métodos rebaixados. A base do Rede Quadros é a Rede Vermelha, ou seja, uma não existirá sem a outra que lhe é matriz. Se não se quer ficar no palavreado, conhecer realmente os quadros exige um trabalho tenaz, persistente e profissional em torno dos sistema de computação de militantes e quadros.

*Walter Sorrentino, médico, secretário nacional de organização do PCdoB