Hamas diz que Israel "pagará caro" por reocupação de Gaza

O premiê de Gaza, Ismail Haniye, advertiu neste domingo (23) que Israel pagará caro se começa a reocupar a Faixa de Gaza, onde a tensão é crescente devido a constantes ataques. Haniye que é chefe do governo do Hamas, movimento político que governa em Gaza desde o ano 2006, respondeu a ameaça do ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, quem pediu recentemente que a Faixa de Gaza "volte a ser totalmente ocupada".

Hamas diz que Israel "pagará caro" por reocupação de Gaza - Reprodução

"Dizemos ao inimigo [israelense] que ameaça voltar a ocupar Gaza que o momento das ameaças acabou. Qualquer agressão ou crime que cometer custará muito caro", afirmou Haniyeh em um ato organizado no centro de Gaza em homenagem ao décimo aniversário da morte do líder do movimento islamita, o xeque Ahmed Yassin, após um ataque israelense.

Dois diplomatas estadunidenses de alto nível reuniram-se no sábado (22), em Jerusalém, com a ministra de Justiça israelense e principal negociadora nas conversas com os palestinos, Tzipora Livni. No encontro, o enviado especial do Departamento de Estado para o Levante, Martin Yindik, e o embaixador estadunidense em Israel, Dan Shapiro, afirmaram que essa é a "tentativa final para evitar o colapso das conversas palestino-israelenses", iniciadas em julho.

A delegação palestina renunciou às conversar em protesto pelos frequentes anúncios de novas construções de assentamentos paramilitares sionistas na Cisjordânia e no leste de Jerusalém. Desde então, as conversas estão congeladas e seu reinício parece cada vez mais improvável.

O governo dos Estados Unidos tem exercido pressão para que o presidente Mahmoud Abbas aceite estender as conversar para além do limite dos nove meses fixados – prazo que se conclui no próximo mês de abril. Até o momento, as autoridades palestinas tem se recusado a proposta.

As negociações enfrentaram novos obstáculos a inícios deste mês, depois que o premiê Binyamin Netanyahu exigiu, ao voltar de uma visita aos Estados Unidos, que os palestinos reconhecessem Israel como Estado judeu.

Fonte: Prensa Latina