Cúpula nuclear deve pautar também a situação da Ucrânia

Começa nesta segunda-feira (24) em Haia, Holanda, a terceira Cúpula de Segurança Nuclear. A reunião vai se dedicar em reforçar a segurança nuclear no âmbito global. Mais de 50 dirigentes mundiais devem discutir como evitar ataques nucleares terroristas, em um encontro considerado decisivo pelos Estados Unidos, mas que pode ter como tema dominante a crise na Ucrânia.

Cogumelo formado por explosão de bomba nuclear

A realização de uma cúpula que aborda este tema foi uma iniciativa apresentada pelo presidente norte-americano, Barack Obama, em 2009. A primeira edição aconteceu em 2010, em Washington, e a segunda, em Seul, na Coreia do Sul. A terceira edição conta com a presença dos líderes de 53 países e de representantes de organizações internacionais como ONU, União Europeia e Agência Internacional de Energia Atômica.

"Acho que essas cúpulas multilaterais são uma oportunidade excelente para os líderes mundiais discutirem bilateralmente e também para grupos menores de países debaterem questões que estão no topo de suas agendas", disse o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte.

O principal objetivo é convencer os países com reservas de urânio altamente enriquecido e plutônio, materiais que podem ser usados para fabricar a bomba atómica, a abdicar delas e a optar por reservas de urânio menos enriquecido.

Desde o primeiro encontro, em 2010, o número de países com estoques de urânio enriquecido ou plutônio suficientes para produzir uma bomba atômica se reduziu de 39 para 25, disse Piet de Klerk, o diplomata holandês que presidiu as conversações preparatórias para a cúpula.

O jornal britânico The Guardian destacou a esperança de ativistas que a reunião interrompa o congelamento da cooperação em matéria de redução de armas atômicas a Rússia e o Ocidente por causa da crise na Ucrânia.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não vai comparecer; seu país será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, que deverá se reunir com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina