Sem categoria

Em entrevista à TV Gazeta, Renato debate eleições e Copa 2014

Conjuntura política, manifestações, eleições e Copa do Mundo foram alguns do temas abordados pela jornalista Maria Lydia, da TV Gazeta, durante entrevista com o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo. A entrevista ocorreu nesta quinta-feira (13) e a Rádio Vermelho a reproduz na íntegra.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo

Na oportunidade, Renato Rabelo rebateu declaração do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, que durante visita ao Congresso Nacional, nesta quarta-feira (12), afirmou: "o Congresso perdeu a sua voz política é está dizendo eu existo, numa reação ao autoritarismo da presidenta Dilma Rousseff".

Segundo Renato, antes de fazer qualquer tipo de afirmação ou avaliação é preciso ter em mente que cada presidente seu método de governo, seu estilo. “A presidenta possui o dela.”

“É uma mulher séria e digna, que conhece a realidade do nosso país, sobretudo seus desafios de transformação. E leva para a sua condição política justamente essa realidade, a qual tem como referência a busca pelo melhor para o Brasil e para o seu povo. Dilma é uma presidenta que tem rumo. Ela sabe que o Brasil precisa se transformar em uma nação solidária e soberana”, reafirmou.

Ao falar sobre a movimentação que tomou conta do Congresso Nacional, Renato ponderou que em um país continental o processo é complexo e salientou ser este um movimento comum em um ano eleitoral.

Copa 2014

Renato Rabelo também falou sobre a realização da Copa no Brasil, a qual destacou ser um grande acontecimento, que vai unir o povo em torno de uma paixão nacional. Ele reafirmou que "essa tentativa de impedir a realização da Copa é muito autoritário, arrogante". E acrescenta: "Acredito que a realização da Copa no Brasil será exitosa".

Renato Rabelo durante entrevista à jornalista Maria Lydia, da TV Gazeta.

O presidente do PCdoB ainda destacou que "é preciso ter como palavra de ordem a defesa de que faremos a Copa e que ela é do Brasil. Ocupar esse espaço no lugar da Fifa. Os brasileiros e brasileiras que deram seu suor, sangue e até suas vidas são, sim, capazes de fazer a Copa das Copas", afirmou.

Luta social

Ao ser questionado sobre o peso político das manifestações, o líder comunista destacou que "as manifestações que foram iniciadas em junho de 2013 são manifestações autênticas, nas quais o povo expressa seu maior anseio. Ou seja, diz o que quer e diz o que sente. Essa é a interpretação do PCdoB".

Segundo Renato, o segundo passo do Partido foi ouvir esses anseios, entendê-los. Mas, sem perder de vista a luta em curso e levando em conta a atual conjuntura que vive o Brasil.

"Foram, e são, muitas manifestações que revelam muitas palavras de ordem e diferentes exigências. Diante disso, nossa interpretação é que tais manifestações precisam se transformar em um movimento organizado. Até para poder ter mais força e se tornar um movimento consequente e com conquistas mais avançadas", ressaltou ele.

Sobre a resistência aos partidos, Renato ponderou que "é característica de novos movimentos criar resistência a partidos políticos, no entanto, com o tempo esses mesmos movimentos percebem a necessidade de um partido ou organização política. Isso ocorre no mundo inteiro e no Brasil não seria diferente".

Ele ainda explica que "a grande questão dessas manifestações é elas não serem aproveitadas, ou desviadas, por grupos violentos e desagregadores. Fator que prejudica as manifestações legítimas. Para o PCdoB as ruas devem ser ocupadas por bandeiras consequentes, que façam avançar de fato o Brasil, que promovam mudanças profundas nas estruturas e que fortaleçam a democracia e sociedade".

A Rádio Vermelho reproduz a entrevista em mais uma edição especial do "Palavra do Presidente":