"O Hip Hop é um instrumento pacífico e de transformação social"
"O Hip Hop é um instrumento pacífico de transformação social", declarou à Rádio Vermelho Márcio Santos, o Chuck, assessor para o Hip Hop da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, ao participar, junto com o estudante da Columbia University School of Social Work e pesquisador da Hip-Hop International Researcher, Moisés LittheMan Lopez, de debate que compõe o espacial 'Hip Hop no Brasil da Rádio Vermelho.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
Publicado 07/02/2014 16:10
Márcio Santos explicou que a Assessoria para o Hip Hop da Secretaria de Estado da Cultura surgiu em 2007, com o objetivo de ampliar o dialógo entre os membros do movimento Hip Hop de São Paulo e os espaços institucionais, propondo atividades de valorização dessa manifestação cultural, e fomento de políticas públicas.
"O Hip Hop está inserido na sociedade. Ele nasce da necessidade que essa mesma sociedade tem de mudança", ressatou Márcio Santos.
Na oportunidade, ele lembrou que hoje o Brasil é reconhecido, internacionalmente, como uma refência no que se refere à relação cultura hip hop/espaços institucionais.
"Representamos, hoje, a única assessoria de Hip Hop ligada a um governo no mundo. Isso é fruto de organização e luta. Além disso, quando afirmo que o Hip Hop é instrumento pacífico de transformação social, não devemos perder de vista que ele deve buscar ocupar espaços como o da assessoria aqui de São Paulo para formentar os governos e ampliar esse processo de transformação", frisou Márcio Santos.
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Ao ser questionado sobre sua visita ao Brasil, Moisés LittheMan Lopez (foto acima), que assumiu aqui em São Paulo a assessoria Especial de Projetos para Hip Hop da Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo, ressaltou a força do Hip Hop brasileiro e seu interesse sobre as atividades do movimento na formação educacional.
Segundo ele, o Brasil possui um cenário singular. "as casas de Hip Hop e as políticas implementadas para esse setor se convertem em uma ação de referência para outros países. Observo que o Hip Hop aqui no Brasil tem muita força, o que o torna uma referência para o cenário internacional".
LittheMan Lopez falou um pouco sobre o cenário do Hip Hop nos Estados Unidos e destacou que lá, de certa maneira, o cenário foi subsumido por um caráter comercial. "Os Estados Unidos possuem muitas entidades do Hip Hop, mas ainda não possuímos Casas do Hip Hop e nem políticas de fomento. É preciso repensar esse cenário. O Brasil é um exemplo. Aqui vocês contam a história do movimento através de livros, isso é muito importante e é uma das coisas que faltam nos Estados Unidos", explicou o pesquisador.
